TU
(F. S)
(Epiphânio da Fonseca Dória)¹
Tens da verbena a singeleza santa,
Do lírio tens a candidez divina,
Tens do perfume a transcendência maga
As formas tens de sideral Ondina.
Tens a beleza magistral das rosas,
Tendo nos lábios da bonina a cor,
Tens a magia das visões etéreas,
Que sabem n’alma despertar amor.
Foges dos bailes, nos saraus, das festas
Onde por vezes se resvala e cai,
Foges do tredo deslumbrar das salas
Onde a perfídia campeante vai.
Vives oculta no sacrário meigo,
Vasto e sublime que se chama lar
Como no fundo da jazida vive
A pedra fina que não quis brilhar.
Aracaju, março de 1910.
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Publicado no jornal pão-de-açucarense A
IDEIA, em 17/04/1910.
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