A homenagem deste Blog vai na forma do seu poema mais conhecido:
O ACENDEDOR DE LAMPIÕES
Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem, infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente"
Um, dois, três lampiões acende e continua
Outros mais a acender, imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.
Triste ironia atroz que o senso humano irrita:
- Ele, que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!
Veja a notícia da morte de Jorge de Lima na edição do dia 17 de novembro de 1953 do jornal DIÁRIO CARIOCA. Disponível em: www.memoria.bn.br. Acesse o link: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=093092_04&PagFis=21276
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