Bráulio
Cavalcante
Agora
Dulce vai tão descuidada
Do
nosso amor de outrora que maldigo
O
modo de permanecer comigo
O
amor de que ela não se lembra nada! ...
Ai!
Não recorda tanto afeto! Cada
Noite
de enlevo e noite de perigo
Quando,
num gesto carinhoso, amigo,
Eu
lhe beijava a boca perfumada! ...
Isso
não mais quer renovar agora
Quando
mais forte esta paixão já sinto,
Quando
a saudade mais tenaz devora
Este
meu pobre coração! Pois, bem;
Se
quer que fique o nosso amor extinto,
Certo
não mais eu hei de amar ninguém!
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Extraído
do Diário de Pernambuco, 28 de novembro de 1907, p. 2.
Disponível
em www.bn.br.
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