Por
Etevaldo Amorim
Enquanto as nações
europeias estavam em ruinas e tentavam se recuperar dos drásticos efeitos da
Primeira Grande Guerra (1914-1918), os Estados Unidos experimentavam uma fase
de grande prosperidade com a produção e exportação de farta quantidade de bens
de consumo, dominando mercados em todo o mundo. E foi exatamente essa
superprodução que, aliada à alta especulação na bolsa, levaram ao acontecimento
conhecido por “Crash de 1929” ou “Quebra da bolsa de Nova York”. Por isso, o dia
29 de outubro daquele ano ficou conhecido como “quinta-feira negra”.
Mas, no início daquele
ano, a sociedade americana não tinha ainda sinais do que viria a acontecer e
apenas desfrutava da fartura e dos prazeres das noites, em boates e clubes e
nos cinemas, que se tornara uma grande diversão. Eram os chamados “loucos anos
20”.
Uma dessas badalações era
o Concurso Internacional de Beleza de Galveston, no Texas, região da Costa do
Golfo. No Brasil, o jornal carioca A Noite promoveu o Concurso Miss Brasil,
cuja vencedora seria eleita representante brasileira no Concurso daquela cidade
americana. Os Estados, então, enviariam suas representantes ao Rio de Janeiro,
então Capital Federal.
Foi assim que, em março
de 1929, um concurso promovido pelo Jornal de Alagoas movimentou a sociedade
alagoana e, em especial, a de Maceió. No dia 20, perante vultosa assistência, o
Júri se reuniu na Academia do Comércio[i] para a eleição da mais
bela alagoana daquele ano.
Composto por Barreto
Cardoso, Guedes de Miranda, Jayme d’Altavila, Lourenço Peixoto, Lima Junior,
Carlos Garrido e Jorge de Lima, nomes da mais alta respeitabilidade, o Júri
elegeu em 1º lugar a Srtª Helena de Miranda Taveiros; em 2º lugar, a Srtª
Totola Paes e, em 3º, Luzia Pinto.
Helena
Taveiros. Foto: O Malho, Ano XXVIII, nº 1.388, RJ, 20 de abril de 1929, p. 35.
Nascida de uma
tradicional família alagoana, Helena de Miranda Taveiros era filha do
comerciante Avelino de Alcântara Taveiros e de D. Maria Amélia de Miranda
Taveiros (filha do Cel. Manoel Joaquim de Miranda). Seu avô paterno era o Cel.
Galdino de Alcântara Taveiros, que foi Deputado Provincial nas legislaturas
1899-1900; 1901-1902; 1903-1904; e 1905-1906; e Secretário da Fazenda no
Governo do Barão de Traipu, em 1895. Sua avó paterna, Philomena de Albuquerque
Taveiros, era filha do advogado Francisco Remígio de Albuquerque e de D. Leonor
Rosaura de Albuquerque, e tia do jornalista Carlos Araújo e do farmacêutico e poeta
Cypriano Jucá.
O Cel . Galdino de
Alcântara Taveiros. Foto: O Malho, Ano VI, nº 274, RJ, 14 de dezembro de 1907,
p. 32.
Avelino de Alcântara
Taveiros (pai de Helena) e seu irmão Rutílio de Alcântara Taveiros. Foto. O
Malho, Ano VI, nº 236, RJ, 23 de março de 1907, p. 25.
Consagrada como “a mais
bela mulher alagoana”, Helena Taveiros estava habilitada a representar o Estado
no Concurso Miss Brasil, patrocinado, como já dissemos, pelo jornal A Noite, no
Rio de Janeiro, como parte do Concurso Internacional de Beleza de Galveston, Texas,
Estados Unidos. Nessa condição, seguiu de trem para o Recife no dia 24 de março,
acompanhada pelo seu irmão de Hermes de Miranda Taveiros, onde hospedaram-se no
Hotel Central no aguardo da data para o embarque. [i]
No dia seguinte, 25 de
março, um grupo de alagoanos ofereceu um jantar à miss no famoso Restaurante
Leite, no Recife. O Sr. Leopoldo Rocha, em nome do “Club Rio Negro”, ofereceu-lhe
um lindo presente;
Na Capital Federal, toda
a colônia alagoana aguardava a chegada da sua miss. Tanto que, a 28 de março, o
Cel. Amilcar Nelson Machado, Presidente do Centro Alagoano, recebe o seguinte
telegrama do deputado alagoano Luiz Silveira:
“Bordo
‘Arlanza” seguiu senhorita Helena Taveiros proclamada Miss Alagoas. Cordiais
saudações”
Embarcou para o Rio de
Janeiro a bordo do vapor Arlanza, em companhia do seu irmão Hermes de Miranda
Taveiros e da Miss Pernambuco, Srtª Connie Braz da Cunha[ii]. No Rio, as misses ficaram
hospedadas no hotel Itajubá, na Cinelândia.
No dia 8 de abril, as 15 Misses[iii] compareceram ao Teatro
Lírico, quando lhes foi oferecido um espetáculo de gala com a apresentação da
ópera O Guarani, de Carlos Gomes.
8 de abril. O Teatro
Lírico lotado para a apresentação das misses. Fonte: A Noite, 9 de abril de
1929.
As candidatas eram,
literalmente, decantadas em prosa e verso. A poetisa Luiza Ruas, que também era
modista e professora de música no Rio de Janeiro, dedicou esses versos à
representante alagoana:
“Vejo-te
altiva, altaneira, convencida de tua missão
Bandeirante da beleza da linda Pátria
alagoana
Sinto toda essa beleza ao beijar a tua mão
Como um fluido sereno que do teu ser
emana.
Em teu vestido branco com longos fios de
prata
Faze lembrar a mais linda cascata
Que maravilha e assombra com as belas
cachoeiras,
A Europa, o Novo Mundo e essas terras
brasileiras.
És a Uyara misteriosa dessas grutas
tenebrosas
Dos pélagos profundos e das montanhas
alterosas
De suas quedas d’água, emblema de força e
poder,
Deste majestoso país que nos viu nascer.
Em teus braços vivo Brasil e teu manto
constelado
Onde o Cruzeiro do
Sul nele está assinalado
De belezas incomparáveis, mostrando ao
mundo inteiro
O valor, a nobreza do povo brasileiro.
Recebe, pois, ‘Miss Alagoas’, meus
sinceros cumprimentos
Pelas excelsas virtudes, pelos nobres
sentimentos
Que revelas em tua fina educação
E pela magnitude do teu belo coração. ”
Enquanto
Olegário Mariano saudava a representante de Pernambuco, o poeta alagoano Goulart
de Andrade oferecia esses versos:
“A Pátria que deu à História
Os marechais da vitória republicana,
Ao prélio da
formosura
Manda a beleza mais pura
Para a vitória alagoana.
Vibrem por toda a imensidade,
Não as canções que a guerra inspira,
Mas o louvor da Gran Beldade!
Desfira,
Na argêntea lira
Um canto real. ”
Do
mesmo modo, no Jornal das Moças, edição de 2 de maio, uma poesia de Manoel
Gregório saudava a nossa miss:
Embaixatriz
da graça e da beleza
Da
terra dos ilustres Marechais,
Tens
um porte fidalgo de princesa,
Tens
o encanto gentil dos madrigais!
Teu
coração, tão cheio de nobreza,
Teu
riso de meiguices magistrais
E
teus modos de tanta gentileza
São
atrativos que não têm rivais!
Oh!
Minha conterrânea ilustre e altiva,
Tu
és da nossa terra a flor mais viva,
A
perfumar, sorrindo, os nossos lares...
A
vitória de tua formosura
Fez-te
a Rainha, cheia de candura,
Da
hospitaleira terra de Palmares! ...
A
prova final para a escolha da Miss Brasil estava marcada para o dia 14 de
abril. Porém, o mau tempo fez com que fosse remarcado para o dia 16. O desfile
aconteceu no estádio do Fluminense Futebol Clube, que ficou totalmente tomado
pelo público, fazendo com que o desfile fosse feito no Salão Nobre, apenas para
o Júri.
Membros do júri: Em cima:
os pintores Rodolpho Chamberland e Rodolpho Amoedo; Raul Leitão da Cunha,
professor de anatomia da Faculdade de Medicina. Em baixo: Escritor Coelho Neto,
presidente do Júri; Paulo Filho, Presidente da Associação Brasileira de
Imprensa; Escultor Honório Cunha.
Aspecto do Estádio do
Fluminense, comportando verdadeira multidão para assistir ao desfile.
Outro aspecto do estádio
do Fluminense na final do Concurso. Fonte: revista Fon-fon, Ano XXIII, Nº 17,
27 de abril de 1929, p. 42.
As misses reunidas no Salão Nobre do Fluminense Futebol Clube logo após
o desfile perante a Comissão Julgadora. Helena Taveiros é a terceira da esquerda
para a direita. Foto: Revista Careta, Ano XXII, Nº 1.087, 20 de abril de 1929, p. 16.
Todas as misses cumpriam
intensa programação social: visita a corporações militares, hospitais, escolas,
recitais, jantares, etc. E o comércio faturava com presentes os mais diversos,
o que era recompensado com generosos anúncios nos jornais e nas revistas.
Helena Taveiros recebeu
de membros da colônia alagoana um “mimo”: uma medalha de madrepérola com o
busto de Santa Terezinha do Menino Jesus, em rica moldura de platina e
brilhante, com cordão do mesmo metal, adquirida na joalheria M. L. Krause e
Cia, que foi entregue à miss pelos drs. Frederico Souto, Clementino do Monte,
Antônio B. Passos e Povina Cavalcanti. (Diário Carioca, 5 de maio de 1929.)
Helena Taveiros na
ocasião em que era homenageada por membros da colônia alagoana na Capital
Federal. O quarto e o quinto, da esquerda para a direita, são o Deputado
penedense Clementino do Monte e Hermes Taveiros.
Vistas da fachada e do interior da joalheria M. L. Krause
& Cia., vendo-seao centro o seu proprietário, Sr. Max Lewin Krause. Foto: revista Vida
Doméstica, ano V, nº 82, novembro de 1926, p. 14.
A
Medalha com que Helena Taveiros foi presenteada pela colônia alagoana.
Outro presente lhe foi
oferecido pela firma S. R. Soares, estabelecida com confecção de meias na rua
Theodoro da Silva, 180-A: uma dúzia de pares de meias finíssimas, marca
“Parisette”, de seu fabrico. (A Noite, 13 de abril de 1929) Também a Casa
Pereira de Souza (Rua Gonçalves Dias, 4), lhe ofereceu um lindo chapéu de
passeio.
No dia 20 de abril, esteve no Corpo de
Bombeiros do Rio de Janeiro (O Jornal, 21 de abril de 1929), na Praça da
República, em visita a um parente seu que fazia parte da Corporação, o bombeiro
Petrônio Correia Gil. Chegando no automóvel do Comandante Maximino Barreto, foi
recebida por uma comissão de oficiais composta pelo capitão Athanázio Gomes
Vieira e pelos tenentes Hermillo Costa e Silva e Oscar Pires Velloso, sendo
saudada pelo Oficial do Dia, Cap. Alexandre Loureiro Júnior.
Helena Taveiros em visita
do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal em companhia do seu irmão Hermes
Taveiros, penúltimo à esquerda. A seu lado, o Cel. Maximino Barreto, comandante
daquela corporação. Revista O Clarão, maio de 1929, p. 27.
No Corpo de Bombeiros, Helena
Taveiros ao lado de sua tia e, em pé, o seu primo bombeiro Petrônio Correia
Gil, seu irmão Hermes Taveiros e o Tenente Hermillo. Foto: revista O Clarão,
junho de 1929, p. 27.
Algumas misses em visita
à Escola Nacional de Belas Artes. A partir da esquerda: miss Paraíba, miss
Alagoas, miss Pernambuco, miss São Paulo e miss Espírito Santo. Fonte: O Malho,
20 de abril de 1929.
Algumas misses em visita à Escola Nacional de Belas Artes. A partir da esquerda: miss Paraíba, miss Alagoas, miss Pernambuco, miss São Paulo e miss Espírito Santo. Fonte: Revista Careta, Ano XXII, Nº 1.087, 20 de abril de 1929, p. 35.
No dia 23 de abril,
visitou o contratorpedeiro Alagoas (A Manhã, 24 de abril de 1929), acompanhada
de pessoas de sua família e do Capitão-Tenente Carlos Oscar Guimarães, sendo
recepcionada pelo seu comandante, Capitão de Corveta João Bittencourt Calazans
e pelo Imediato, Cap. Tenente Eugênio da Costa Mattos. Na ocasião, o comandante
mostrou à miss a velha bandeira que a sociedade alagoana lhe oferecera há mais
de vinte anos. Um ano depois, Helena presentearia o navio com uma bandeira
nova, de bela confecção de costureiras alagoanas.
O comandante proferiu um
longo e comovente discurso, que foi respondido pelo Sr. Hermes Taveiros. Em
seguida o sargento Henrique Olsen presenteou a Miss com uma fotografia do
Alagoas, encaixada em bela moldura. (A Manhã, 24 de abril de 1929).
Enquanto esteve no Rio de
Janeiro, a miss Alagoas recebeu uma carta do sentenciado Benedito Carneiro.
Dizendo-se tuberculoso, pedia algumas coisas de que precisava: uma colcha, um
lençol, um colchão de palha e uma camisa de meia. Helena foi, então, até a Casa
de Detenção para atender ao pedido, sendo recebida pelo Coronel Meira Lima,
Diretor daquela Instituição. (Gazeta de Notícias, RJ, 4 de maio de 1929, p. 2.)
Antes de deixar o Rio de Janeiro, visitou a redação de A Note, ocasião
em que deixou impressões sobre a sua participação no Concurso:
“Ainda me encontro sob a impressão de
deslumbramento, que desde a minha chegada a esta Capital toda me domina, e me
guia os passos e me inspira as palavras. O concurso de beleza, que poderia
sido, sem dúvida, uma simples parada de vaidade, uma grande festa de caráter
fútil, o povo brasileiro o transformou em uma formidável demonstração de
civismo. Sentiu-o durante todo o desenrolar da campanha e disso estou, no
momento, convencida. O carinho, o entusiasmo, a exuberância da alma que nos
cercaram, dia a dia, desde o primeiro até o instante em que parto, são disso a
melhor prova. E nós outras, investidas das representações, que poderíamos ter
considerado o caso como um pretexto de entretenimento, sentimos todas que a
representação nos trouxe, ao contrário, responsabilidades seríssimas perante
nossos Estados e o Brasil, responsabilidades que continuam. Eu, por mim,
desejaria, até não sei quando, viver imaterialmente uma vida de beleza, uma
vida de símbolo...”
Perguntada se partia saudosa, Helena respondeu:
“Mas, de certo! Eu padeço a nostalgia da
minha terra. Não só do meu Estado, mas também, e principalmente, do meu recanto
natal, da cidade que me viu nasceu e me assiste. Aqui, igualmente, sinto essa
nostalgia a me doer no espírito, a me solicitar, a me acenar, de longe.
Entretanto, o fulgor desses dias de alegria, de cordialidade e, por que não
dizer, de glória, cercada do aplauso do povo, sinto-o em mim como uma
fascinação irresistível. Eu, que receara desmerecer-me, sinto-me engrandecida
pela nobreza e pelo resplendor do torneio. E, repare, eu que sobro no momento a
nostalgia da minha terra, tenho a certeza de que partirei para a minha terra
com as lágrimas nos olhos e o choro no coração”.
E, de fato, diz o jornal, Helena Taveiros “Miss Alagoas” partiu chorando
do Rio.
Cumprida a sua missão, a 10
de maio, Helena embarcou de regresso a Maceió pelo vapor Pará, do Lloyd
Brasileiro, em companhia da Miss Piaui, Antônia de Arêa-Leão, que depois
seguiria para seu Estado.
Embarque de Helena
Taveiros no porto do Rio de Janeiro. Foto: A Noite, 10 de maio de 1929.
Embarque de Helena Taveiros no porto do Rio de Janeiro. Foto: Revista Careta, Ano XXII, Nº 1.087, 20 de abril de 1929, p. 16.
Misses Rio de Janeiro, Alagoas e Pernambuco. Foto: Revista Careta, 6 de abril de 1929, p. 13.
A No dia 13, tocando o “Pará”,
do Lloyd Brasileiro, o porto de Salvador, as duas misses desceram para um breve
passeio. À tarde, as colônias de Alagoas e Piauí, sediadas na Bahia, ofereceram
um chá dançante a bordo.
No dia 14 de maio, por
volta das 15:00 horas, Helena desembarcava em Maceió, sendo recebida por cerca
de duas mil pessoas. Depois de ser saudada pelo estudante Carlos Duarte, tomou
lugar na limousine do Governo do Estado, onde estada o governador Álvaro Paes
que, em companhia de sua irmã Mariazinha Paes, a levou para a sua residência,
onde foi festivamente recepcionada. Também a bordo do Pará, veio a miss Piauí, Srtª
Antônia Arêa-Leão, que também se dirigiu à residência do governador no luxuoso
Pockard da Prefeitura, oferecido pelo Prefeito em Exercício, Dr. José Carneiro.
Um extenso cortejo de
automóveis e bondes se formou no trajeto entre o porto e a casa da miss. Ali,
então, foi novamente saudada pelo estudante Raul Lima que, em nome dos que a receberem,
lhe ofereceu “um caro anel de platina e
brilhantes” e “um rico
relógio-pulseira de platina e ouro”, diz o jornal pernambucano A Província,
acrescentando ainda:
“Miss Alagoas será ainda homenageada com um
baile na sede dos ‘Alliados’ e outro na sede do C. R. B, um five-o-clock no
Café Continental e uma consagração artística no cinema Capitólio”. De fato,
o Club dos Alliados ofereceu um ‘Café Paulista’, com a presença do Governador
Álvaro Paes, ocasião em que foi saudada pelo orador do Club, Sr. Lauro Jorge.”
Segundo José Franklin
Casado de Lima, em “Maceió, década de 20”, Helena Taveiros teria participado do
filme “Casamento é negócio? ”, produzido pela Gaudio Filmes e financiado pela Companhia Petróleo Nacional, com direção, argumento e fotografia de Guilherme Rogato. Trata-se de um curta metragem com locação na Praça Deodoro, Sítio Leopoldis,
Praça D. Pedro II e lagoa Manguaba, um dos primeiros filmes feitos em Alagoas.
Entretanto, o site da Cinemataca Brasileira (cinemateca.gov.br), não traz no
Elenco o nome de Helena Taveiros, mas de Morena Mendonça, que, aliás, é o nome
da personagem principal. O filme, ainda disponível na internet, mas em péssimo
estado, traz ainda no cast: Bonifácio
da Silveira (o major Bonifácio), Luis Girard, Moacir Miranda, Josefa Cruz,
Agnelo Fragoso, Orlando Vieira, Armando Montenegro, Antônio Portugal Ramalho e
Claudio Jucá. (Fonte: http://www.brasilbrasileiro.pro.br/jfranklin.pdf).
*** *** ***
A grande vencedora do
concurso foi a Miss Distrito Federal (miss Botafogo), Srtª Olga Bergamini de Sá[i], que foi a Galveston
representando o Brasil. A Miss Universo foi a representante da Áustria, Srtª
Lisl Goldarbeiter. Mas essa já é uma outra história.
Miss Brasil, Olga
Bergamini de Sá, ao lado do Embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Sr. Sylvio
Gurgel do Amaral. Fonte: Museu Histórico Nacional.
Miss Áustria, Srtª Lisl
Goldarbeiter (Viena, 23/03/1909, Budapest, 14/12/1997), eleita Miss Universo
1929.
[i]
Olga Bergamini de Sá, filha
do comerciante português Francisco Marques Ferreira de Sá (que se suicidou em
29 de julho de 1931) e da italiana Luiza Bergamini de Sá e sobrinha do Deputado
Adolfo Bergamini. Casou-se, em 1935, com o Dr. Danilo Bracet. Nasceu no dia 8
de maio de 1911 na vila Martins Mota, Rua do Catete, nº 92, casa XXII, Rio de
Janeiro.
|
[i]
Diário de Pernambuco, 26 de março de 1929.
[ii]
Constance Braz da Cunha (1911-1997), representante da Associação Pernambucana
de Atletismo, filha de uma inglesa rica. Ficou hospedada no Copacabana Palace.
[iii]
Edna Frazão Ribeiro, Amazonas; Elza Bezerra, Pará; Maria Nazareth Silveira,
Ceará; Connie Braz da Cunha, Pernambuco; Helena Taveiros, Alagoas; Marieta
Reivas, Rio de Janeiro; Olga Bergamini de Sá, Distrito Federal; Didi Caillet,
Paraná; Bia Ortiz, Rio Grande do Sul; Nelly Menezes, Sergipe; Nair Pedreira de
Freitas, Bahia; Jesuina Pimentel Marinho, Minas Gerais; Yvone de Freitas, São
Paulo; Glycia Serrano, Espírito Santos; Eimar Pinto Pessoa, Paraiba; Zulma da
Costa Freyerleben, Santa Catarina; Marietta Relvas, Estado do Rio de Janeiro; Maria
de Lourdes Pantoja, Maranhão; Hilda Netto, Paraíba;
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