Por Etevaldo Amorim
Antes das barragens das hidrelétricas,
que passaram a controlar a vazão do rio, as cheias do São Francisco regulares.
Todos os anos, em épocas que variavam um pouco a depender do regime de chuvas,
elas vinham com certeza.
Os ribeirinhos a esperavam com
ansiedade e acompanhavam o nível das águas com varetas marcadas como escala: “hoje
subiu dois dedos”... “ontem vazou meio palmo”... Essa informação era
extremamente útil, pois dela dependiam os preparativos para o plantio, sobretudo
da cultura do arroz.
E assim, a partir de novembro,
principiava a enchente. Se as águas vinham de cima (Alto e Médio São
Francisco), permaneciam claras; mas se vinham de enxurradas produzidas pelos
afluentes mais próximos, tornavam-se barrentas, amareladas, disseminando as
chamadas doenças de veiculação hídrica. E o rio ia enchendo, enchendo...
com pequenas oscilações no volume, até abril, quando começava a diminuir até
retornar ao nível normal.
Em que pesem os transtornos e os
prejuízos, as cheias traziam muitos benefícios. Nesses períodos, o rio
transbordava a sua calha e inundava as várzeas e lagoas,
depositando matéria orgânica sobre os terrenos marginais, fortalecendo o
solo e o tornando mais fértil. Essa condição favorecia sobretudo o plantio do
arroz, que também era cultivado nas áreas de vazante.
Durante o período em que o rio se
mantinha cheio, preenchendo as lagoas e várzeas, os peixes adentravam e se
reproduziam nesse novo espaço. No ponto máximo da enchente, quando o rio
iniciava seu retorno ao leito natural, as comportas das lagoas (as chamadas “portas
d’água”) eram fechadas, retendo toda a água.
Na época propícia para o plantio, entre
maio e junho, as comportas eram abertas e as margens da lagoa recebiam as mudas
de arroz transplantadas do canteiro. Coberta toda a área, restava apenas a água
do caldeirão (ponto mais fundo da lagoa), abarrotado de peixes. Entre agosto e
setembro, o corte do arroz e o transporte para os terreiros para bater, sessar
e ensacar.
A cada vazante, a paisagem marginal se
modificava. Um novo cenário se apresentava: onde antes era terra firme, de
repente transformava-se em acentuada ribanceira. Coroas inteiras desapareciam
para surgirem além, como que por encanto. Ali se formava um novo viveiro de
paturis, marrecos, garças, carões, socós, jaçanãs, três cocos... ou mesmo um
novo lameirão, onde logo eram plantados os primeiros canteiros de arroz.
A rota de navegação também se alterava.
Durante as maiores cheias, para evitar a forte correnteza, as embarcações navegavam
por sobre as águas de várzeas. Rio acima, por exemplo, as canoas que vinham de
Penedo ou Propriá poderiam entrar em Belo Monte, a partir da confluência do
Riacho Jacaré, transpor a Restinga (à direita) e o Cajueiro (à esquerda),
passar por detrás do alto do cemitério do Limoeiro e sair adiante, no
Jacarezinho.
O São Francisco se transformava num mar
de águas, justificando o primitivo nome que lhe deram os indígenas: OPARÁ, o
"rio-mar".
Em alguns anos, no entanto, as cheias
eram pequenas. De uma carta de 30 de janeiro de 1876, publicada no Jornal do
Penedo, um correspondente de Pão de Açúcar, chamado EMÍLIO (seria Emílio
José de Moraes?) informa:
"Não tem chovido e o rio,
quando devia estar cheio, como nos demais anos, conserva-se em vazante, a ponto
de não poder o vapor fazer a navegação até cá por cima, por falta de canal nos
Campinhos, tendo no dia 27 chegado a mala (dos correios) em canoa.
Não é bom sinal a vazante do rio neste
tempo, e o povo recebe sempre com um presságio de ser mau o ano entrante.
Faltando, com efeito, a enchente do rio, deixa de haver plantação nas margens e
lagoas, e então o mal é inevitável.
Mas como Deus escreve direito por
tortuosas linhas, pode acontecer que o ano de 1876 não seja mau como parece. "
AS MAIORES
A maior cheia de que se tem notícia
data de 1739[i]. Enchente
tão grande que o povo a chamava “dilúvio”. O seu ápice se deu no dia 31
de março, atingindo 20 pés, equivalente a 6,096 m. Elevando-se a essa altura o
nível do rio, pode-se bem imaginar o quanto se expandiu as suas margens.
Já o Jornal do Penedo, edição de 15 de
maio de 1875, reporta-se àquela que seria, segundo “os homens octogenários”,
a maior de todas: a cheia de 1865, seguida das de 1866 e 1867, estas um pouco
menores.
Segundo nota do jornal
maceioense Gutenberg, de 8 de abril de 1896, a enchente daquele ano,
àquela data, já superava a grande cheia de 1887.
- CHEIA DE 1906.
Em que pese não dispormos de dados
oficiais, as notícias de jornais da época nos permitem afirmar que já em
fevereiro as águas começaram a se avolumar.
Do jornal penedense A FÉ CHRISTÃ, de 24
de fevereiro de 1906, temos essas notas:
“CHEIA. Pouco mais da cheia do ano
passado se têm avolumado as águas do nosso rio. Entretanto, o povo, com as
notícias das inundações do Sul e mesmo boates de inundações no Alto São
Francisco, vive apreensivo, especialmente em Pão de Açúcar, onde nos consta já
se tem retirado para o interior diversas famílias e permanecem muitas pessoas à
noite, à margem do rio, ao relento, receando súbita inundação.
Entretanto, o povo quer prevenir-se,
receando talvez cheias como as de 1792 e 1802 que, segundo dizem, circulou o
morro da cidade de Pão de Açúcar e atingiu a igreja de São Gonçalo Garcia,
nesta cidade, onde se fez a pesca de uma grande tubarana.”
O mesmo jornal, em 17 de março,
informa:
“ENCHENTE. Durante a semana, não têm
as águas do S. Francisco se avolumando com a rapidez dos dias anteriores. A
crescente tem regulado ultimamente de 1 a 2 centímetros no espaço de 24 horas;
havendo mesmo quem diga achar-se vazando desde ontem.
...
...
Na cidade de Pão de Açúcar, de cuja
inundação tanto se falou, as águas atingiram somente poucas casas nos lugares
mais baixos. Quase toda a cidade está intacta. Não obstante isto, pequena parte
da população retirou-se, atemorizada com as notícias alarmantes.
Dizem e afirmam-nos algumas pessoas que
a cheia atual ainda não atingiu a de 1865. Receia-se novo reforço de enchente
no fim do corrente mês ou princípio de abril.”
A Fé Christã volta a informar em 5 de
maio:
“CHEIA. Continua muito cheio o nosso
São Francisco, permanecendo, portanto, a inundação de que já nos
ocupamos. Os prejuízos, a desolação nos causam tristeza e compaixão.”
... ...
Durante a cheia de 1906, as águas do
rio também alcançaram a igreja de São Gonçalo Garcia, em Penedo. Dessa feita, foram
pescadas diversas curimatás (bambá) e traíras dentro do famoso templo.[ii]
- A CHEIA DE 1919.
As fotografias mostram o quanto
avançaram as águas em direção à cidade, inundando boa parte dela, sobretudo
vindas pelos fundos (das lagoas), tendo como consequência grande número de
desalojados e desabrigados em Pão de Açúcar. Em uma delas, vemos o Pe. José
Soares Pinto, junto com autoridades locais, distribuindo víveres para as
famílias localizadas em pontos mais altos da cidade.
Notícia do jornal A Noite, do Rio de
Janeiro, de 12 de março de 1919, tratando dos danos causados pela enchente em
diversas cidades do Baixo São Francisco, informa que "a cidade de Pão
de Açúcar já está quase toda inundada".
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Pão de Açúcar, 1919. Praça do Bonfim tomada pelas águas. Foto: João D. Lisboa. |
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Pão de Açúcar, 1919. Rua Augusta (atual Pe. J. Soares Pinto) Oitão da Matriz à direita. |
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Pão de Açúcar, 1919. Rua Augusta (atual Pe. J. Soares Pinto), vendo-se a Casa Paroquial à esquerda. |
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Pão de Açúcar ilhada. A lagoa em primeiro plano, o curso principal do rio e, ao fundo, a margem sergipana. Foto: A Noite, 23/03/1919. |
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O Padre Pinto e autoridades distribuindo víveres para as vítimas da enchente. Foto: João Lisboa. |
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Pão de Açúcar, 1919. Trecho defronte a Cadeia Pública. Foto: João D. Lisboa |
- CHEIA DE 1924.
Nota publicada no jornal Diário de
Pernambuco, edição de 1º de junho de 1924, ressaltando os prejuízos causados à
lavoura no Baixo São Francisco, destacando que "faltou pouco para a
cheia do S. Francisco, este ano, ser igual à que o mesmo rio deu em 1906."
- CHEIA DE 1926.
Reputada como a maior cheia do século
XX, a de 1926 inundou grande parte da cidade, no início do ano, ultrapassando,
talvez, a vazão de 14 mil metros cúbicos por segundo.
Não temos informação precisa sobre a
vazão alcançada, pois foi a partir de dezembro daquele ano que as
autoridades iniciaram o registro das vazões do rio. Iniciou o mês com vazão
de 5.180 m³/s e terminou com 5.457 m³/s. Entrando em 1927, atingiu o
ponto máximo em 5 de abril, com vazão de 6.988 m³/s. Uma cheia considerada
normal naqueles tempos.
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Pão de Açúcar, 1926. Trecho defronte a Cadeira Pública. Foto: João D. Lisboa. |
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Pão de Açúcar, 1926. Rua Marquês do Herval (que também se chamou Pedro Paulino), atual Cel. Manoel Antônio Machado com águas vindo das lagoas. Foto: João D. Lisboa. |
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Pão de Açúcar, 1919. Os pão-de-açucarenses constroem a "tapaginha", tentando conter o avanço das águas. Ao centro, Mestre Nozinho. Foto: João D. Lisboa. |
Considerando as cheias com vazão
superior a 8.000 m³/s, essas foram as mais significativas, segundo registros
efetuados pelo SISTEMA DE CONTROLE E GERENCIAMENTO DE DADOS HIDROLÓGICOS, da
Compahia Hidro-Elétrica do São Francisco - CHESF. O registro
das DESCARGAS MÉDIAS DIÁRIAS, em metros cúbicos por segundo,
tomadas às 7:00h e 17:00h, em Pão de Açúcar, revelam:
- CHEIA DE 1943.
Iniciada em dezembro do ano anterior,
teve sua maior vazão no dia 24 de fevereiro, com 11.410 m³/3.
- CHEIA DE 1945.
Com início no mês de dezembro de 1944,
alcançou sua maior vazão - 10.172 m³/3 - no dia 24 de maio.
- CHEIA DE 1946.
Principiada em novembro de 1945,
atingiu o ponto máximo no dia 16 de fevereiro, com vazão de 12.527 m³/s.
- CHEIA DE 1947.
Iniciada em fevereiro do mesmo ano,
atingiu o seu ponto culminante no dia 3 de abril, com vazão de 10.498
m³/s.
- CHEIA DE 1949.
Começando em dezembro de 1948, a vazão
do rio se elevou até 14.349 m³/s, nos dias 16 e 17 de março.
- CHEIA DE 1960.
Foi uma cheia grande e rápida. O rio
começou a encher em fevereiro daquele mesmo ano. Do dia 10 para 11 de
março, passou de 7.429 m³/s para 10.596 m³/s, atingindo 13.449 m³/3 no dia 12.
Naquele dia, já tinha superado a cheia de 1949.
Num crescente inédito, alcançou a
extraordinária vazão de 14.449 m³/s no dia 1º de abril. Conta-se que se
podia ver, instantaneamente, o avanço das águas, tal era a sua
rapidez. Pão de Açúcar ficou completamente ilhada.
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Pão de Açúcar, 1960. Vista aérea da cidade literalmente ilhada. |
- CHEIA DE 1979.
A elevação do nível do rio começou em
dezembro de 1978, chegando ao dia 17 de março com vazão de 13.605
m³/s.
Diversos pontos da cidade foram
inundados, conforme se pode ver nas inúmeras fotografias feitas na época. A
imprensa pernambucana repercutiu o fato, conforme transcrevemos a seguir:
- DIÁRIO DE PERNAMBUCO,
15/02/1979).
"De acordo com
informações do prefeito de Pão de Açúcar, Eraldo Lacet (ARENA), a situação
naquela cidade é alarmante, pois o rio São Francisco já atingiu cerca de seis
metros e meio e continua no mesmo ritmo de ontem. Hoje, poderá chegar a 7,5
metros até o meio-dia. Na Rua da Alegria, que fica na parte baixa da cidade,
duas casas ficaram completamente ilhadas, e de lá foram retiradas 11
pessoas."
- DIÁRIO DE PERNAMBUCO,
08/03/1979.
"A cada dia que passa, piora a
situação e aumenta a intranquilidade no município de Pão de Açúcar. Segundo
informou o seu prefeito, Eraldo Lacet, as águas já atingiram nove metros acima
do seu nível. Em consequência, sete casas foram completamente inundadas no dia
de ontem e a pista de acesso à cidade ficou quase submersa e destruída, devido
ao transbordamento das lagoas que lhe margeiam.
Ele informou que a municipalidade está
construindo uma estrada de desvio, a fim de não paralisar o tráfego.
Acrescentou também o prefeito que a medição do nível do rio está sendo feita
três vezes ao dia, sempre registrando um aumento considerável em seu volume,
principalmente a partir das 17 horas, todos os dias, e isso começa a deixá-lo
intranquilo."
- DIÁRIO DE PERNAMBUCO,
14/03/1979.
"Em Pão de Açúcar, o prefeito
Eraldo Lacet Cruz mandou suspender as atividades do comércio, que cerrou suas
portas desde segunda-feira. Nessa cidade, o número de desabrigados ascende à
casa de duas mil pessoas."
- DIÁRIO DE PERNAMBUCO,
21/03/1979.
"Em Pão de Açúcar, uma das
cidades que regristram elevado número de desabrigados, a população está
bastante revoltada com o diretor regional da Empresa de Correios e Telégrafos,
Luciano José Lapa. É que o prefeito Eraldo Lacet solicitou àquele dirigente a
cessão do andar superior dos Correios, naquela cidade, o qual se encontra
desocupado, a fim de abrigar quatro famílias, o que foi praticamente negado
pelo Sr. Lapa."
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Cheia de 1979. Veículos, pessoas e animais passando sobre a AL-130 inundada. Foto: Carlos Frederico Machado. |
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Cheia de 1979. Início da Rua Cap. Serafim Pinto (ainda sem casas à direita) tomada pelas águas da Lagoa da Porta. |
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Cheia de 1979. Rua da Alegria inundada e pessoas sendo retiradas. |
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Cheia de 1979. A Lagoa da Porta, vista do Alto do Humaitá, morro do Cavalete ao fundo. |
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Cheia de 1979. Águas do São Francisco atingindo o cais. |
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Cheia de 1979. As águas alcançaram os fundos da Banca do Peixe. |
- CHEIA DE 1985.
Iniciando a subir em fevereiro do mesmo
ano, o rio teve sua maior vazão no dia 14 de abril, com 12.875 m³/s.
- CHEIA DE 1992.
Início: janeiro do mesmo ano.
Maior vazão: 10.176 m³/s - Dia
13/03/1992.
*** ***
Com vazões superiores a 8.000 m³/s,
tivemos as cheias de 1929, 1957, 1963, 1940, 1974 e 2004.
Entre essas, destacamos a CHEIA
DE 2004.
Embora não tenha superado a cota de 10
mil metros cúbicos por segundo, a cheia de 2004, a última de grande porte, pode
ser considerada de relativa importância.
Iniciada em 28 de janeiro do mesmo ano,
quando passou de 1.265 m³/s para 2.015 m³/s, alcançando a sua maior vazão
(8.096 m³/s), no dia 02/02/2004, essa cheia foi mais uma grande enxurrada. A
grande quantidade de água acumulada nos reservatórios, somada ao grande volume
de chuvas verificado nas regiões a jusante das barragens, concorreram para a
essa cheia, digamos, inesperada, e que grande prejuízo causou às populações
ribeirinhas.
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Cheia de 2004. A orla de Pão de Açúcar antes de depois da cheia. Foto: Duan Cícero. |
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Cheia de 2004. Água chegando na rampa do Bar do Pinto/Iate Clube. Foto: Duan Cícero. |
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Cheia de 2004. As águas da lagoa no bairro COHAB. Foto: Duan Cícero. |
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Vila Limoeiro, cheia de 2004. Foto cedida por Willima Soares. |
NOTA 1.
Não temos conhecimento da autoria das fotografias das cheias de 1919 e 1926. Supomos que seja de João Damasceno Lisboa.
NOTA 2
Caro leitor,
Deste Blog, que tem como tema “HISTÓRIA E LITERATURA”, constam artigos repletos de informações históricas relevantes. Essas postagens são o resultado de muita pesquisa, em geral com farta documentação e dotadas da competente referência bibliográfica. Por esta razão, solicitamos que, caso sejam do seu interesse para utilização em qualquer trabalho, que delas faça uso tirando o maior proveito possível, mas fazendo também o necessário registro de autoria e a citação das referências. Isso é correto e justo.
Mais um excelente artigo, com foco nesse ciclo natural que são as cheias e as barragens, seus prós e contras. Quanto à ocupação das terras por nossos habitantes, ficou patente o não respeito do homem à vontade e às necessidades da Natureza.
ResponderExcluirLeitura gostosa! Esclarecedora, uma viagem no tempo.
ResponderExcluirComo gosto de ler suas reportagens, saí de Pão de Açúcar em 1972, não cheguei a ver nenhuma cheia, no meu tempo vi o rio chegar na banca do peixe, como ficava lindo, mas dali não passava. Obrigada amigo por nos manter tão bem informados sobre tudo o que se refere a nossa amada terra. Um abraço.
ResponderExcluirParabéns, Etevaldo!
ResponderExcluirAs barragens construidas a montante do nosso trecho , trouxeram grande aporte energético, porém prejudicaram bastante a economia do baixo São Francisco.
E. T. As fotos postadas devem ser mesmo de João Lisboa. Ouvi do mesmo ter comprado uma câmera fotográfica usada na cidade de Piranhas em 1917
Melo que matéria maravilhosa, completíssima, muitas informações curiosas como chovia no século XX
ResponderExcluirParabéns amigo Etevaldo, bela reportagem!
ResponderExcluirExcelente artigo. Parabéns.
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