Por Etevaldo Amorim
Eis um belo poema de Lauro Marques. “Poeta primoroso”,
no dizer de Aldemar de Mendonça, Lauro Marques de Albuquerque nasceu em Pão de
Açúcar no dia 25 de julho de 1905, Filho de José Marques de Albuquerque e Maria
Laura Soares Pinto (casada, Maria Laura Soares de Albuquerque, filha de Manoel
Soares Pinto e Anna Maciel de Carvalho Pinto).
Foi também jornalista, escrevendo como para o Diário de
Pernambuco, como correspondente em Pão de Açúcar.
Casado com Jacinta Sena Porto, faleceu em Eunápolis, Estado
da Bahia. Usava os pseudônimos Décio Nestal, Nestal e João Vila Baixa. É Patrono
da cadeira nº 1 da ALEPA – Academia de Letras de Pão de Açúcar. Com diversos trabalhos, participou de Pão de
Açúcar - Cem Anos de Poesia. Coletânea organizada por Etevaldo Amorim, em 1999.
FALANDO AOS TAMARINDEIROS
Lauro Marques
Dia virá, velhas árvores copadas,
em que os vossos galhos murcharão.
E as aves que hoje tendes nas ramadas,
dos vossos galhos secos fugirão.
E não mais ouvireis nas madrugadas
uma sonata, um hino, uma canção...
Ficareis nesse dia despovoadas,
presas ao tédio da recordação.
Sentireis estertores nas raízes,
e os gemidos tristonhos dos felizes
que se veem depressa abandonados.
Árvores velhas, o fado é impiedoso:
- Quem dá frutos e sombra, é desditoso
quando a sombra e os frutos são passados!
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Transcrito da Gazeta de Alagoas, 29 de agosto de 1936.
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NOTA:
Caro
leitor,
Deste
Blog, que tem como tema “HISTÓRIA E LITERATURA”, constam artigos repletos de
informações históricas relevantes. Essas postagens são o resultado de muita
pesquisa, em geral com farta documentação e dotadas da competente referência
bibliográfica. Por esta razão, solicitamos que, caso sejam do seu interesse
para utilização em qualquer trabalho, que delas faça uso tirando o maior
proveito possível, mas fazendo também o necessário registro de autoria e a
citação das referências. Isso é correto e justo.

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