sábado, janeiro 25

BANCOS EM PÃO DE AÇÚCAR

Por Etevaldo Amorim

 

A existência de instituição bancária em Pão de Açúcar remonta ao final da década de 1920, início de 1930, durante a gestão do governador Álvaro Paes.(i)


Esse foi um período de grande avanço na abertura de estradas, destacando-se as que ligaram Palmeira dos Índios a Santana do Ipanema, e esta a Pão de Açúcar, tendo à frente os prefeitos Graciliano Ramos,  Ormindo Barros e o Padre José Soares Pinto, respectivamente.


E foi justamente em viagem de inspeção das obras dessas estradas que o governador, em companhia do Dep. Carlos Pontes,(ii) participou de reunião para a criação do Banco Agrícola de Pão de Açúcar. Com capital inicial de Cinquenta Cotos de Réis, o banco se destinava a prover as necessidades dos pequenos agricultores do município.(iii)


Lauro Marques, em reportagem para o Diário de Pernambuco (16/09/1934), cita a existência do Banco Popular e Agrícola, Banco de Penedo e Agência do Banco do Brasil. Esta seria, possivelmente, apenas um Escritório de Representação, com um Correspondente.


Aldemar de Mendonça, em seu Monografia de Pão de Açúcar, menciona a existência de um BANCO POPULAR E AGRÍCOLA DE PÃO DE AÇÚCAR SOCIEDADE DE RESPONSABILIDADE LIMITADA, extinto por falência, em 1940.


BANCO MERCANTIL SERGIPENSE

O Banco Mercantil Sergipense funcionava no primeiro prédio á direita. Foto: João Lisboa, 1939.


Ainda segundo Aldemar de Mendonça, em 30 de junho de 1946, foi instalado o escritório do BANCO MERCANTIL SERGIPENSE S/A em Pão de Açúcar. Funcionava na Avenida Bráulio Cavalcante, no prédio (de propriedade da Srª Carmen de Freitas Machado) onde depois funcionou a Coletoria Estadual (entre o antigo Bar do Pinto e a loja do Sr. Manoel Leonídio). Seu gerente era o Sr. Natanael Dória.(iv)


Este banco foi fundado em 1924 e tinha como diretores, àquela época, Cel. Gonçalo Rollemberg do Prado, Dr. Júlio César Leite e Dr. Moacyr Rabelo Leite. Já em 1964, essa instituição bancária passou a se chamar Banco Mercantil do Nordeste, mantendo seu escritório em Pão de Açúcar.


O Banco Mercantil do Nordeste S/A foi o resultado da fusão com o Banco Comercial da Bahia, que incorporou o Banco Comércio e Indústria de Sergipe, mais tarde incorporado ao Banco Auxiliar de São Paulo. (Diário de Notícias, RJ, 31 de janeiro de 1966.)

 

Anúncio do Banco Mercantil Sergipense na revista Lavoura e Criação, 1948.


 

Anúncio do Banco Mercantil Sergipense no jornal Diário Carioca, 1956.



BANCO DO ESTADO DE ALAGOAS S/A


Em 16 de agosto de 1967, com a presença do governador Lamenha Filho, foi inaugurada a Agência do Banco da Produção do Estado de Alagoas, situada na avenida Bráulio Cavalcante, nº 476, onde foi, outrora, a farmácia de seu Durval Fialho e hoje abriga uma casa comercial.


Essa foi a sétima agência do BPEA no interior do Estado. Seu primeiro gerente foi o Sr. Benedito Lima dos Santos. O valor dos depósitos feitos por ocasião da instalação foi da quantia de C$ 105.000,00 (Cento e Cinquenta Mil Cruzeiros).


O Banco da Produção do Estado de Alagoas, foi fundado em 2 de julho de 1963, com um capital de Cr$ 100.000.000,00 (Cem Milhões de Cruzeiros), tendo como objetivo incentivar a economia estadual, apoiando e financiando às atividades rurais, industriais e comerciais no Estado. Constituiu-se, assim, importante agente financeiro em empreendimentos de infraestrutura e saneamento básico de Maceió e de outros municípios. Diversos conjuntos habitacionais foram construídos na capital e no interior. Esses investimentos também foram utilizados na ampliação do parque hoteleiro do Estado. Para saber mais acesse: História do Banco da Produção do Estado de Alagoas – Produban.


Durante a década de 1980, a Instituição bancária entrou em crise. O Banco apresentava um passivo a descoberto de Cz$ 16 bilhões, recursos utilizados para girar a dívida dos usineiros que era de cerca de Cz$ 100 bilhões.


Em 16 de novembro de 1988, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco do Estado de Alagoas, da Produban Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e da Produban Crédito Imobiliário e mandou fechar as portas das 30 agências existentes na Capital e em diversas cidades do interior, deixando sem emprego os seus 1.239 funcionários.

Sede do PRODUBAN em Maceió. Foto: revista O Cruzeiro, 1967.

 

 BANCO DO BRASIL S/A


Desde meados da década de 1940, as classes produtoras de Pão de Açúcar reivindicavam a instalação de uma agência do Banco do Brasil. É o que se pode constatar numa reportarem de Escobar Filho, na revista CARIOCA, RJ, nº 484, 30 de dezembro de 1944. Francisco Escobar Filho era um funcionário federal, Fiscal do Imposto do Consumo, que atuava na região do Baixo São Francisco. Diz ele:


Os homens de Pão de Açúcar, neste momento, só estão preocupados com um coisa: com a abertura da agência do Banco do Brasil. O Sr. Marques dos Reis já recebeu o relatório do técnico bancário que foi estudar a Praça e tudo indica que a cidade será incorporada à rede do nosso principal estabelecimento de crédito.”


Em outra reportagem, no O Jornal, Rio de Janeiro, 1º de março de 1945, o mesmo jornalista volta ao assunto, informando que o Sr. Marques dos Reis, Presidente do Banco, teria prometido instalar a Agência o mais rapidamente possível, acentuando ainda que “o Banco do Brasil não é apenas um Banco, mas um sistema, cabendo-lhe incentivar os pequenos negócios, com uma descentralização que vem fortalecendo a nossa economia e assegurando o plano de formação da riqueza em que o país está empenhado.”


A promessa não foi cumprida com a velocidade prometida. Trinta anos foram necessários para que se concretizasse o sonho dos pão-de-açucarenses.


Segundo dados da inscrição do CNPJ, na Receita Federal, a agência 0960-1, da Praça de Pão de Açúcar, foi cadastrada no dia 25 de agosto de 1975.(v) Neste ano de 2025, completará 50 anos de existência oficial.

A Agência do BB em Pão de Açúcar, em sede provisória.


Suas atividades foram iniciadas no dia 29 de abril de 1976, instalada provisoriamente no nº 462 da Av. Bráulio Cavalcante, onde, por muitos anos, funcionou o Cine Globo, do Sr. José Amaral (depois Cine Avenida, de Augusto César Andrade Cruz). Seu primeiro gerente foi o Sr. Deoclécio Jorge Gonçalves, que até então era Sub-Gerente da Agência de Arapiraca.(vi) 


Da esquerda para a direita, em pé: César Pinheiro Machado; Marcos Nogueira, Jair Oliveira, Expedito, Vasconcelos, Zé Francisco, Ivete, Fernando Madeiro (Bizulêta), Érico Melo Abreu e Liude. Sentados: Enaura, Dioclécio (gerente), Stoessel (sug-gerente, um Auditor, Afrânio e Cliuton Santos.


Com a palavra o Sr. Lincoln Cavalcante, ladeado pelo Sr. Pedro Soares Vieira (Pedrito) e pelo Pe. Petrúcio. 

O Padre Petrúcio em oração pela Agência. À direita o Sr. Humberto Machado.


Fala o gerente Sr. Deoclécio Gonçalves.

O Deputado Estadual Pedro Ferreira e o Prefeito Augusto Machado.

O Dr. Francisco Araújo Dantas (Dr. Chico) enquanto falava aos presentes.

À esquerda o Prefeito Augusto Machado seguido de um Dirigente, do Sub-Gerente Stoessel e do Sr. Lincoln Cavalcante.

Provavelmente um dirigente do Banco, tendo ao lado o Sr. Humberto e o Pe. Petrúcio



O quadro de funcionários era assim composto: Deoclécio Jorge Gonçalves (Gerente), Stoessel (Sub-Gerente), Enaura, Afrânio, José Francisco Santos, Ivete, Fernando Madeiro, Eliana Silva Fialho, NIldete Mário, Érico Melo Abreu, Liude, Jair Oliveira, Vasconcelos, Meuze Cordeiro de Santana, Walcy Pinto de Gusmão e Wilson José Lisboa Lucena; além dos menores-aprendizes César Pinheiro Machado, Marcos Nogueira, Expedito e Cliuton Santos.


A agência do Banco do Brasil em Pão de Açúcar.



Alguns anos depois (1977/78), foi inaugurada a sede própria do Banco, localizada na Av. Bráulio Cavalcante, 607. Além das autoridades locais, estava presente o pão-de-açucarense Sr. José Marques Neto, Gerente do BB para a Região Nordeste - GENOR, atuante em Brasília-DF.(viii)


O prédio de dois pavimentos, que dá fundos para a Praça do Centenário, era plenamente ocupado por muitos funcionários e frequentado por grande número de clientes, sobretudo da Carteira Agrícola, em atividades de custeio e investimentos no Setor.


Além do prédio-sede, a Instituição construiu uma residência para o Gerente (na Av. Manoelito Bezerra Lima) e outra para o sub-gerente (na Av. Bráulio Cavalcante, defronte a agência). Além disso, adquiriu um terreno destinado à construção de residências para os funcionários.


O pavimento superior da Agência, por muitos anos desocupada, foi cedida à Prefeitura. Já as residências do gerente/sub-gerente a o terreno foram alienados há muitos anos.


A primeira-dama Dona Etelvina Andrade Cruz ao lado do Prefeito Eraldo Lacet Cruz. A esquerda, o Sr. José Marques Neto e o gerente Deoclécio. Ao fundo, na rua, vê-se o carro de som de Jarbas Lúcio Publicidade.


O Sr. José Marques Neto e o Deputado Federal Antônio Ferreira.
 

O Padre Petrúcio com a palavra.

O Padre Petrúcio recebe cumprimentos.


Fala aos presentes o Dr. Francisco Araújo Dantas, Promotor de Justiça da Comarca.


Fala José Marques Neto. Stoessel e Deoclécio à direita.

Com a palavra o Sr. José Marques Neto. À esquerda, o Sr. Petronilo Fonseca e, à direita, Stoessel e Deoclécio.

Ao microfone (segurado por Flávio Almeida), o gerente Deoclécio.

Outro grupo de funcionários. José Carlos Lima, Iraldo Nunes, Yvan Fialho, Enivaldo Vieira (falecido), Roberto Souza (recentemente falecido), Efraim e Meuze Cordeiro de Santana.



CAIXA ECONÔMICA FEDERAL


A Caixa chegou a Pão de Açúcar sob a forma jurídica de Posto Avançado Social (PAS). Funcionava no prédio de esquina da rua Cel. Manoel Antônio Machado com R. Prof. Antônio de Freitas Machado (antiga Dr. Paes Barreto). 

Março de 1985. Inauguração do PAS-Posto Avançado Social da Caixa. A partir da direita: Gilmar (estagiário), Diógenes (menor estagiário), Robson Tenório de Holanda (empregado, casado com a filha de Seu Deca), Virgínia (estagiária), Luiz Antônio Monteiro (falecido, ao lado de Virgínia), José Wilson de Oliveira Filho (empregado, à frente), José Ronaldo Bezerra Leite (empregado, atrás de Wilson), Ascânio Rodrigues Correia (venerável à época da Loja Maçônica Jaciobá, n° 18), José Gomes da Silva Filho (gerente, ao lado de Ascânio), Seu Ronalço (2° após o Gomes), João Amador (mãos para trás), Hermes Maia, Giusepe com seu filho Dedeu. Foto cedida por Diógenes dos Anjos.


Em março de 1985, transferiu-se para o prédio cedido pelo Município, na Av. Bráulio Cavalcante, esquina com a Rua. João Antônio dos Santos (antiga João Pessoa, antiga Lamego Maia), onde funcionou por cerca de dez anos, vindo a fechar por volta de 1995.

Nessa época, trabalhavam os funcionários: José Gomes da Silva Filho (gerente); Wildo Barbosa Graça (subgerente); Antônio Fernando Feitosa (caixa executivo); Robson Tenório de Holanda; Luiz Antônio Monteiro (falecido), José Wilson de Oliveira Filho; José Ronaldo Bezerra Leite; Gilmar (estagiário); Diógenes dos Anjos (menor estagiário); Luiz Souza Filho (Luizinho, segurança); Maria de Fátima Gerônimo (serviços gerais, esposa de Luizinho); Virgínia (estagiária).

Dezessete anos depois, em 15 de outubro de 2012, voltou a funcionar no mesmo local, durante a gestão do prefeito Jasson Silva Gonçalves. Atuavam na agência sete funcionários, sob a gerência do Sr. Elusival Silva Santos. A reinauguração contou com a presença dos Srs. Herbert Buenos Aires ( superintendente da Caixa Econômica Federal em Alagoas) e Pedro Paz (gerente de marketing).(vii)

A agência da Caixa Econômica Federal em Pão de Açúcar. Foto: ASCON/AMA - Edivânio Ferreira


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Nos últimos tempos, funcionou em Pão de Açúcar uma agência do BRADESCO, que acabou  fechando. Restam apenas  as Instituições Oficiais: o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.


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Nossos agradecimentos a Meuze Cordeiro de Santana, José Alcir dos Anjos, Yvan Fialho, Álvaro Otávio Vieira Machado, Antônio Manoel Goes e Diógenes dos Anjos pelas informações que possibilitaram enriquecer esta singela reportagem história.

Rogamos aos leitores que, porventura, tenham alguma informação adicional, que nos remeta. 

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NOTA:

Caro leitor,

Deste Blog, que tem como tema “HISTÓRIA E LITERATURA”, constam artigos repletos de informações históricas relevantes. Essas postagens são o resultado de muita pesquisa, em geral com farta documentação e dotadas da competente referência bibliográfica. Por esta razão, solicitamos que, caso sejam do seu interesse para utilização em qualquer trabalho, que delas faça uso tirando o maior proveito possível, mas fazendo também o necessário registro de autoria e a citação das referências. Isso é correto e justo. Tratamento de imagem: Vívia Amorim.


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(i) Álvaro Corrêa Paes. nasceu em Palmeira dos Índios em 9 de novembro de 1882. Era filho de José Corrêa Paes Sarmento Júnior e de Germana Hermelinda Paes.

(ii) Carlos Pontes Marques de Almeida. Nasceu no povoado Olhos d’Água do Acioli, município de Palmeira dos Índios - AL, atual município de Igaci, no dia 27 de abril de. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 19 de abril de 1957). Deputado estadual, advogado, jornalista. Filho de Avelino Marques de Almeida e Escolástica Pontes de Almeida (Escolástica Maria da Silva Pontes, solteira). Casado com Alzira Francisca de Miranda Pontes.

(iii) A PROVINCIA, Recife-PE, O MUNICÍPIO, 9 de julho de 1929.

(iv)  Natanael Gonçalves Dória Nasceu em Propriá-SE, em 1º de julho de 1912. Casado com Maria Rezende Dória, pai de Equinho, Yara, Maria da Gloria, e Antônio Dória Sobrinho (Cotaio).

(v) No ano seguinte, instalando-se no município de Barra do Bugres, Estado do Mato Grosso, o Banco do Brasil alcançaria a marca de mil agências.

(vi) MENDONÇA, Aldemar de. Monografia de Pão de Açúcar.

(vii) Fonte: Minuto Sertão, site da internet. FIALHO, Helio. Disponível em: https://minutosertao.cadaminuto.com.br/noticia/2012/10/11/agencia-da-caixa-sera-inaugurada-nesta-segunda-feira-em-pao-de-acucar.

(viii) José Marques Neto, conhecido por "Zé Lelé", filho de João Marques de Albuquerque e Georgina Albuquerque.

Um comentário:

  1. Interessante artigo. As instituições bancárias foram e continuam sendo um grande suporte no fomento ao desenvolvimento local

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A POESIA DE PÃO DE AÇÚCAR



PÃO DE AÇÚCAR


Marcus Vinícius*


Meu mundo bom

De mandacarus

E Xique-xiques;

Minha distante carícia

Onde o São Francisco

Provoca sempre

Uma mensagem de saudade.


Jaciobá,

De Manoel Rego, a exponência;

De Bráulio Cavalcante, o mártir;

De Nezinho (o Cego), a música.


Jaciobá,

Da poesia romântica

De Vinícius Ligianus;

Da parnasiana de Bem Gum.


Jaciobá,

Das regências dos maestros

Abílio e Nozinho.


Pão de Açúcar,

Vejo o exagero do violão

De Adail Simas;

Vejo acordes tão belos

De Paulo Alves e Zequinha.

O cavaquinho harmonioso

De João de Santa,

Que beleza!

O pandeiro inquieto

De Zé Negão

Naquele rítmo de extasiar;

Saudade infinita

De Agobar Feitosa

(não é bom lembrar...)


Pão de Açúcar

Dos emigrantes

Roberto Alvim,

Eraldo Lacet,

Zé Amaral...

Verdadeiros jaciobenses.

E mais:

As peixadas de Evenus Luz,

Aquele que tem a “estrela”

Sem conhecê-la.


Pão de Açúcar

Dos que saíram:

Zaluar Santana,

Américo Castro,

Darras Nóia,

Manoel Passinha.


Pão de Açúcar

Dos que ficaram:

Luizinho Machado

(a educação personificada)

E João Lisboa

(do Cristo Redentor)

A grandiosa jóia.


Pão de Açúcar,

Meu mundo distante

De Cáctus

E águas santas.

______________

Marcus Vinícius Maciel Mendonça(Ícaro)

(*) Pão de Açúcar(AL), 14.02.1937

(+) Maceió (AL), 07.05.1976

Publicado no livro: Pão de Açúcar, cem anos de poesia.


*****


PÃO DE AÇÚCAR


Dorme, cidade branca, silenciosa e triste.

Dum balcão de janela eu velo o seu dormir.

Nas tuas ermas ruas somente o pó existe,

O pó que o vendaval deixou no chão cair.


Dorme, cidade branca, do céu a lua assiste

O teu profundo sono num divino sorrir.

Só de silêncio e sonhos o teu viver consiste,

Sob um manto de estrelas trêmulas a luzir.


Assim, amortecida, tú guardas teus mistérios.

Teus jardins se parecem com vastos cemitérios

Por onde as brisas passam em brando sussurrar.


Aqui e ali tu tens um alto campanário,

Que dá maior relevo ao pálido cenário

Do teu calmo dormir em noite de luar.

____

Ben Gum, pseudônimo de José Mendes

Guimarães - Zequinha Guimarães.






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Pão de Açúcar, Cem Anos de Poesia