sábado, 20 de julho de 2013

SANTOS DUMONT

Há 140 anos, nascia Alberto Santos Dumont.

A homenagem deste Blog ao “pai da aviação”. Ele nasceu em Palmira, Minas Gerais (hoje denominada Santos Dumont) e faleceu em Guarujá em 23 de julho de 1932, aos 59 anos.

Ei-lo conduzindo o seu Demoiselle até a Issy-les-Moulineaux, sudoeste de Paris, às margens do rio Sena. Foto: Revista Careta, RJ, 2 de julho de 1909.

 O seu Demoiselle. Careta, RJ, 02.07.2909.
O aeroplano Demoiselle decolando em Issy-les-Moulineaux. Careta, RJ, 02.07.1909.

O Demoiselle em pleno vôo. Revista Illustração Brasileira, RJ, 15.10.1909.

                    Santos Dumont em sua última foto. Revista Careta, RJ, 24 de dezembro de 1932.
 
 Cortejo fúnebre de Santos Dumont na Praça da República, Rio de Janeiro.(Revista Careta, 24/12/1932).
 
 Esquife de Santos Dumont conduzido por Cadetes da Escola Militar. (Revista Careta, 24/12/1932).
 
Outro aspecto do cortejo. (Revista Careta, 24/12/1932).

Monumento e túmulo de Santos Dumont, mandado construir pelo próprio, no cemitério São João Batista, onde repousam também os restos mortais de seus pais: Francisca e Henrique Dumont.(Revista O MALHO, 17/12/1932).
 

A POESIA DE PÃO DE AÇÚCAR



PÃO DE AÇÚCAR


Marcus Vinícius*


Meu mundo bom

De mandacarus

E Xique-xiques;

Minha distante carícia

Onde o São Francisco

Provoca sempre

Uma mensagem de saudade.


Jaciobá,

De Manoel Rego, a exponência;

De Bráulio Cavalcante, o mártir;

De Nezinho (o Cego), a música.


Jaciobá,

Da poesia romântica

De Vinícius Ligianus;

Da parnasiana de Bem Gum.


Jaciobá,

Das regências dos maestros

Abílio e Nozinho.


Pão de Açúcar,

Vejo o exagero do violão

De Adail Simas;

Vejo acordes tão belos

De Paulo Alves e Zequinha.

O cavaquinho harmonioso

De João de Santa,

Que beleza!

O pandeiro inquieto

De Zé Negão

Naquele rítmo de extasiar;

Saudade infinita

De Agobar Feitosa

(não é bom lembrar...)


Pão de Açúcar

Dos emigrantes

Roberto Alvim,

Eraldo Lacet,

Zé Amaral...

Verdadeiros jaciobenses.

E mais:

As peixadas de Evenus Luz,

Aquele que tem a “estrela”

Sem conhecê-la.


Pão de Açúcar

Dos que saíram:

Zaluar Santana,

Américo Castro,

Darras Nóia,

Manoel Passinha.


Pão de Açúcar

Dos que ficaram:

Luizinho Machado

(a educação personificada)

E João Lisboa

(do Cristo Redentor)

A grandiosa jóia.


Pão de Açúcar,

Meu mundo distante

De Cáctus

E águas santas.

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Marcus Vinícius Maciel Mendonça(Ícaro)

(*) Pão de Açúcar(AL), 14.02.1937

(+) Maceió (AL), 07.05.1976

Publicado no livro: Pão de Açúcar, cem anos de poesia.


*****


PÃO DE AÇÚCAR


Dorme, cidade branca, silenciosa e triste.

Dum balcão de janela eu velo o seu dormir.

Nas tuas ermas ruas somente o pó existe,

O pó que o vendaval deixou no chão cair.


Dorme, cidade branca, do céu a lua assiste

O teu profundo sono num divino sorrir.

Só de silêncio e sonhos o teu viver consiste,

Sob um manto de estrelas trêmulas a luzir.


Assim, amortecida, tú guardas teus mistérios.

Teus jardins se parecem com vastos cemitérios

Por onde as brisas passam em brando sussurrar.


Aqui e ali tu tens um alto campanário,

Que dá maior relevo ao pálido cenário

Do teu calmo dormir em noite de luar.

____

Ben Gum, pseudônimo de José Mendes

Guimarães - Zequinha Guimarães.






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Pão de Açúcar, Cem Anos de Poesia