domingo, 30 de outubro de 2011

FREITAS MACHADO, VIDA E OBRA


No último dia 24, durante a V BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE ALAGOAS, foi lançado o livro FREITAS MACHADO, VIDA E OBRA, que revela a trajetória pessoal e profissional desse alagoano de Pão de Açúcar, que foi o principal incentivador do ensino da Química no Brasil. Ele foi também fundador da Escola Nacional de Química, da qual foi o primeiro diretor.
O livro foi editado pela EDUFAL (Editora da Universidade Federal de Alagoas)a partir da monografia vencedora do Concurso Nacional promovido pela Braskem e pelo Governo do Estado de Alagoas, através da FAPEAL.
Agradeço a todos os que compareceram à entrega do Prêmio (no auditório do Centro de Convenções) e à sessão de autógrafos no stand da Braskem.
Abaixo, alguns momentos do evento:

Mesa composta durante o evento de premiação: Álvaro César Almeida, Diretor Industrial da Braskem; Fátima Lippo, Presidente do Conselho Regional de Química(AL); Prof. Eduardo Setton, Secretário de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação; Eng. Agrônomo Olavo de Freitas Machado; Dr. Álvaro Antônio Melo Machado, Secretário do Gabinete Civil – com a palavra; Dr. Eduardo Tavares, Procurador-Geral de Justiça do Estado de Alagoas; Milton Predines, Diretor de Marketing da Braskem; Janesmar Camilo, Presidente da FAPEAL e a Professora Ana Deyse Rezende Dória, Reitora da Universidade Federal de Alagoas.
Etevaldo Amorim, exibindo o Certificado de Vencedor do Concurso de Monografias, ladeado pelo jornalista Milton Predines, Diretor de Marketing da Braskem e pelo Gerente de Produção da Braskem Cloro/Soda Marco Aurélio Campelo.


















A POESIA DE PÃO DE AÇÚCAR



PÃO DE AÇÚCAR


Marcus Vinícius*


Meu mundo bom

De mandacarus

E Xique-xiques;

Minha distante carícia

Onde o São Francisco

Provoca sempre

Uma mensagem de saudade.


Jaciobá,

De Manoel Rego, a exponência;

De Bráulio Cavalcante, o mártir;

De Nezinho (o Cego), a música.


Jaciobá,

Da poesia romântica

De Vinícius Ligianus;

Da parnasiana de Bem Gum.


Jaciobá,

Das regências dos maestros

Abílio e Nozinho.


Pão de Açúcar,

Vejo o exagero do violão

De Adail Simas;

Vejo acordes tão belos

De Paulo Alves e Zequinha.

O cavaquinho harmonioso

De João de Santa,

Que beleza!

O pandeiro inquieto

De Zé Negão

Naquele rítmo de extasiar;

Saudade infinita

De Agobar Feitosa

(não é bom lembrar...)


Pão de Açúcar

Dos emigrantes

Roberto Alvim,

Eraldo Lacet,

Zé Amaral...

Verdadeiros jaciobenses.

E mais:

As peixadas de Evenus Luz,

Aquele que tem a “estrela”

Sem conhecê-la.


Pão de Açúcar

Dos que saíram:

Zaluar Santana,

Américo Castro,

Darras Nóia,

Manoel Passinha.


Pão de Açúcar

Dos que ficaram:

Luizinho Machado

(a educação personificada)

E João Lisboa

(do Cristo Redentor)

A grandiosa jóia.


Pão de Açúcar,

Meu mundo distante

De Cáctus

E águas santas.

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Marcus Vinícius Maciel Mendonça(Ícaro)

(*) Pão de Açúcar(AL), 14.02.1937

(+) Maceió (AL), 07.05.1976

Publicado no livro: Pão de Açúcar, cem anos de poesia.


*****


PÃO DE AÇÚCAR


Dorme, cidade branca, silenciosa e triste.

Dum balcão de janela eu velo o seu dormir.

Nas tuas ermas ruas somente o pó existe,

O pó que o vendaval deixou no chão cair.


Dorme, cidade branca, do céu a lua assiste

O teu profundo sono num divino sorrir.

Só de silêncio e sonhos o teu viver consiste,

Sob um manto de estrelas trêmulas a luzir.


Assim, amortecida, tú guardas teus mistérios.

Teus jardins se parecem com vastos cemitérios

Por onde as brisas passam em brando sussurrar.


Aqui e ali tu tens um alto campanário,

Que dá maior relevo ao pálido cenário

Do teu calmo dormir em noite de luar.

____

Ben Gum, pseudônimo de José Mendes

Guimarães - Zequinha Guimarães.






PUBLICAÇÕES

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Pão de Açúcar, Cem Anos de Poesia