sexta-feira, 11 de outubro de 2013
SILOGISMO
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
BRÁULIO X BRAYNER – A PENA E A ESPADA
RESUMO
sábado, 7 de setembro de 2013
A POESIA DE SABINO ROMARIZ
Sabino Romariz
Eu me vou transformar em vala tenebrosa,
Triste vala comum, quando cadáver for,
Na corola gentil de aromática rosa,
Ou no caule hibernal de uma esquálida flor.
Em lírio, talvez, de feição caprichosa,
Mais roxo q’a saudade e mais triste q’a dor,
Que do sono e da paz do cemitério goza,
Uma vala comum sob um céu multicor.
Então, pela tardinha, ao frouxo sol do ocaso,
Qual macerado olhar, bem de lágrimas raso,
Ao despertar da lua e quando tomba o sol.
Aos lampejos do luar pelas ínvias estradas
Eu poderei soltar canções apaixonadas
Carne livre do mal, ditoso rouxinol.
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Retirado do jornal A Flor, Penedo-AL, 20 de outubro de 1909.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
THEOPHANES BRANDÃO
AS ESTAÇÕES
DILÚVIO DE LÁGRIMAS
A AGONIA DO BOÊMIO
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
NA PRAIA DA MINHA TERRA
coqueiros do Sobral,
soldados,
de atalaia,
guardando
enfileirados
A enorme vastidão daquela praia.
O coqueiral!...
De um lado —Jaraguá;
do outro lado, tão bonita!
a cismar,
de verde toda enfeitada,
naquela curva infinita,
—a Pajuçara, sentada
na orla branca do mar.
onde cantaram sereias,
onde rolaram fetiches,
sobre o lençol tão branco das areias,
a reticência negra dos trapiches...
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AGRIPINO ALVES ETHER
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sábado, 10 de agosto de 2013
DIA DOS PAIS
sábado, 3 de agosto de 2013
POEMAS
sábado, 20 de julho de 2013
SANTOS DUMONT
O Demoiselle em pleno vôo. Revista Illustração Brasileira, RJ, 15.10.1909.
terça-feira, 18 de junho de 2013
MEU ENCONTRO COM...
quinta-feira, 13 de junho de 2013
PENSAR EM TI
sábado, 8 de junho de 2013
SONETO DO AMOR PERDIDO
Tanto tempo esperei falar-te, e agora
Que estás aqui não sei o que dizer-te.
Era tão grande o medo de perder-te,
Que te fui perdendo pela vida afora.
O tempo que cuidou de aproximar
Nossos caminhos, de igual modo fez,
Como num sonho, o encanto se quebrar.
E assim fazendo te perdi de vez.
E agora, ao fim de tanto tempo,
Vejo, do alto do meu desalento,
Que a todo tempo te busquei a esmo.
Tanto te amava e tanto de queria,
Tanto te achava e tanto te perdia,
Que não te vi morrer em mim mesmo.
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¹ É advogado. Nascido em Pão de Açúcar-AL a 6 de março de 1954.
domingo, 26 de maio de 2013
DIVINA MENTIRA
Pobrezinha da mãe que teve um filho poeta
E o viu cedo partir para as bandas do mar,
Nunca mais que ele volte à mansão predileta,
Nunca mais que ela deixe, um dia, de chorar!…
É como a água de um lago, inteiramente quieta,
A alma de toda mãe que vive a meditar:
— O mais leve sussurro é-lhe um toque de seta,
— A mais leve impressão basta para a assustar!…
Eu, por sabê-la assim, quando lhe escrevo, digo:
“— Minha querida mãe, não se aflija comigo.
E eu vou passando bem… Jesus vela por mim…”
É que assim ela, a humana expressão da bondade,
Contente por saber que vou sem novidade,
Jamais há de pensar que eu vá mentir-lhe assim!…
¹ Pseudônimo de Agnelo Rodrigues de Melo, poeta e Jornalista brasileiro. Nasceu em Lagoa da Canoa, Alagoas em 15 de setembro de 1901. Viveu em Maceió, mudou-se aos 23 anos para o Rio de Janeiro e depois para São Paulo onde ganhou projeção internacional e veio a falecer em 1979. Publicou 15 livros de poesias, uma novela e cinco de poesias infantis. Parte de sua obra poética traduzida para vários idiomas (francês, inglês, alemão, espanhol, italiano, húngaro, árabe, checo e lituano). Com toda essa bagagem é quase um desconhecido em sua terra.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
A NOTÍCIA DA ABOLIÇÃO (REEDIÇÃO)
A POESIA DE PÃO DE AÇÚCAR
PÃO DE AÇÚCAR
Marcus Vinícius*
Meu mundo bom
De mandacarus
E Xique-xiques;
Minha distante carícia
Onde o São Francisco
Provoca sempre
Uma mensagem de saudade.
Jaciobá,
De Manoel Rego, a exponência;
De Bráulio Cavalcante, o mártir;
De Nezinho (o Cego), a música.
Jaciobá,
Da poesia romântica
De Vinícius Ligianus;
Da parnasiana de Bem Gum.
Jaciobá,
Das regências dos maestros
Abílio e Nozinho.
Pão de Açúcar,
Vejo o exagero do violão
De Adail Simas;
Vejo acordes tão belos
De Paulo Alves e Zequinha.
O cavaquinho harmonioso
De João de Santa,
Que beleza!
O pandeiro inquieto
De Zé Negão
Naquele rítmo de extasiar;
Saudade infinita
De Agobar Feitosa
(não é bom lembrar...)
Pão de Açúcar
Dos emigrantes
Roberto Alvim,
Eraldo Lacet,
Zé Amaral...
Verdadeiros jaciobenses.
E mais:
As peixadas de Evenus Luz,
Aquele que tem a “estrela”
Sem conhecê-la.
Pão de Açúcar
Dos que saíram:
Zaluar Santana,
Américo Castro,
Darras Nóia,
Manoel Passinha.
Pão de Açúcar
Dos que ficaram:
Luizinho Machado
(a educação personificada)
E João Lisboa
(do Cristo Redentor)
A grandiosa jóia.
Pão de Açúcar,
Meu mundo distante
De Cáctus
E águas santas.
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Marcus Vinícius Maciel Mendonça(Ícaro)
(*) Pão de Açúcar(AL), 14.02.1937
(+) Maceió (AL), 07.05.1976
Publicado no livro: Pão de Açúcar, cem anos de poesia.
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PÃO DE AÇÚCAR
Dorme, cidade branca, silenciosa e triste.
Dum balcão de janela eu velo o seu dormir.
Nas tuas ermas ruas somente o pó existe,
O pó que o vendaval deixou no chão cair.
Dorme, cidade branca, do céu a lua assiste
O teu profundo sono num divino sorrir.
Só de silêncio e sonhos o teu viver consiste,
Sob um manto de estrelas trêmulas a luzir.
Assim, amortecida, tú guardas teus mistérios.
Teus jardins se parecem com vastos cemitérios
Por onde as brisas passam em brando sussurrar.
Aqui e ali tu tens um alto campanário,
Que dá maior relevo ao pálido cenário
Do teu calmo dormir em noite de luar.
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Ben Gum, pseudônimo de José Mendes
Guimarães - Zequinha Guimarães.