sábado, 15 de setembro de 2012
SEMINÁRIO - CENTENÁRIO RENATO DE MENDONÇA
Participe do Seminário em comemoração do centenário do diplomada alagoano RENATO DE MENDONÇA, nos dias 3 e 4 de outubro próximos.
Local: Casa do Patrimônio do IPHAN
Rua Sá e Albuquerque, 157 - Jaraguá
MACEIÓ - AL
INSCRIÇÃO GRATUITA
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
O SEQUESTRO DO EMBAIXADOR AMERICANO
A imprensa do então Estado da Guanabara exibe farto noticiário.
No dia 6 de setembro de 1969, o Correio da Manhã, Diário da Noite e Diário de Notícias trazem a relação dos presos que deveriam ser libertados:
Gregório Bezerra, Vladimir Gracindo Soares Palmeira, José Ibraim, João Leonardo Silva Rocha, Ivens Marchetti do Monte Lima, Flávio Aristides Freitas Tavares, Ricardo Villas Boas de Sá Rego, Mário Roberto Galhardo Zaconato, Rolande Fratti, Ricardo Zaratini, Onofre Pinto, Maria Augusta Carneiro Ribeiro, Agnaldo Pacheco da Silva, Luiz Gonzaga Travassos da Rosa e José Dirceu de Oliveira e Silva.
Os jornais do dia 7 e 8 de setembro noticiam a partida dos libertados para o México.
Disponível em: memoria.bn.br.
A POESIA DE PÃO DE AÇÚCAR
PÃO DE AÇÚCAR
Marcus Vinícius*
Meu mundo bom
De mandacarus
E Xique-xiques;
Minha distante carícia
Onde o São Francisco
Provoca sempre
Uma mensagem de saudade.
Jaciobá,
De Manoel Rego, a exponência;
De Bráulio Cavalcante, o mártir;
De Nezinho (o Cego), a música.
Jaciobá,
Da poesia romântica
De Vinícius Ligianus;
Da parnasiana de Bem Gum.
Jaciobá,
Das regências dos maestros
Abílio e Nozinho.
Pão de Açúcar,
Vejo o exagero do violão
De Adail Simas;
Vejo acordes tão belos
De Paulo Alves e Zequinha.
O cavaquinho harmonioso
De João de Santa,
Que beleza!
O pandeiro inquieto
De Zé Negão
Naquele rítmo de extasiar;
Saudade infinita
De Agobar Feitosa
(não é bom lembrar...)
Pão de Açúcar
Dos emigrantes
Roberto Alvim,
Eraldo Lacet,
Zé Amaral...
Verdadeiros jaciobenses.
E mais:
As peixadas de Evenus Luz,
Aquele que tem a “estrela”
Sem conhecê-la.
Pão de Açúcar
Dos que saíram:
Zaluar Santana,
Américo Castro,
Darras Nóia,
Manoel Passinha.
Pão de Açúcar
Dos que ficaram:
Luizinho Machado
(a educação personificada)
E João Lisboa
(do Cristo Redentor)
A grandiosa jóia.
Pão de Açúcar,
Meu mundo distante
De Cáctus
E águas santas.
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Marcus Vinícius Maciel Mendonça(Ícaro)
(*) Pão de Açúcar(AL), 14.02.1937
(+) Maceió (AL), 07.05.1976
Publicado no livro: Pão de Açúcar, cem anos de poesia.
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PÃO DE AÇÚCAR
Dorme, cidade branca, silenciosa e triste.
Dum balcão de janela eu velo o seu dormir.
Nas tuas ermas ruas somente o pó existe,
O pó que o vendaval deixou no chão cair.
Dorme, cidade branca, do céu a lua assiste
O teu profundo sono num divino sorrir.
Só de silêncio e sonhos o teu viver consiste,
Sob um manto de estrelas trêmulas a luzir.
Assim, amortecida, tú guardas teus mistérios.
Teus jardins se parecem com vastos cemitérios
Por onde as brisas passam em brando sussurrar.
Aqui e ali tu tens um alto campanário,
Que dá maior relevo ao pálido cenário
Do teu calmo dormir em noite de luar.
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Ben Gum, pseudônimo de José Mendes
Guimarães - Zequinha Guimarães.