domingo, 16 de novembro de 2014
SONETO
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
SONETO
Ao morrer que me deixem ser levado
Em pomposo cortejo que evolui
Em cantos solenes entoados,
Qual soberano egípcio (que não fui)
Depositem meu corpo inanimado
Num sarcófago envolto em ouro e prata,
E por companheiros, bem ao lado,
O wisk e o cigarro de Sinatra.
Sob a luz de uma estrela radiosa
E ao som de melodias eloquentes,
Habitarei entre jardins em Nínive.
Adornado com pétalas de rosas,
Embriagar -me - ei eternamente
De amor das mulheres que não tive.
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sábado, 25 de outubro de 2014
NOITE DE INSÔNIA
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
SANTA CRUZ DO DESERTO
¹ O nome desse frade é Vitale de Frescarolo. Andou pelos sertões do Ceará, Pernambuco e outros Estados entre 1781 e 1820, onde ficou conhecido pelo nome de Frei Vidal da Penha (alusão ao convento da Penha, no Recife).
terça-feira, 16 de setembro de 2014
16 DE SETEMBRO
Quem não se lembra, com saudade, dos desfiles de 16 de setembro em Pão de Açúcar?
Não sei por que razão, mas Pão de Açúcar sempre preferiu comemorar com mais ênfase a Emancipação Política de Alagoas. No 7 de setembro, apenas uma representação das escolas, um hastear de bandeiras, e só.
Depois de longos dias de ensaios, lá íamos nós, formados em pelotões, a desfilar, sob um sol escaldante, pelas ruas e avenidas de uma das cidades mais quentes do Brasil.
Os ensaios no Ginásio D. Antônio Brandão eram longos e carregados de tensão. Afinal, tudo tinha que estar perfeito no dia do desfile. O maestro da banda marcial – Zé Braz, ensinava os toques de comando para os movimentos da “tropa”. Dois toques: girar para a direita; três toques: girar para a esquerda. Vez por outra, alguém errava. E o diretor, Dr. Átila, corrigindo o deslize, bradava:
— DOIS É DIREITA MOÇA!!!!!
Todas as escolas se empenhavam ao máximo para fazer melhor. Além da formação clássica, com pelotões de alunos vestindo uniforme de gala, havia também os chamados “esportes”, pelotões temáticos, alusivos ou não à data cívica, mas que davam um tom de beleza e graciosidade. Em 1969, ficou particularmente famosa a alegoria à conquista da lua, com a nave Apolo 11. Famosos também ficaram os “Cavalos do Rosália”, pela entusiástica narração do vereador Pedro Lúcio que, do alto do Coreto, anunciava a aproximação dos grupos escolares, do ginásio e do colégio das freiras.
Ao escurecer, depois de voltas e mais voltas pela extensa Avenida Bráulio Cavalcante, todos se reuniam em torno do Coreto em frente à Matriz. Após o hasteamento das bandeiras, já de noite, as autoridades se esmeravam em discursos intermináveis, de improviso ou não, neste caso correndo o risco de iniciá-los com uma referência descabida a um “sol causticante”, que de há muito já desaparecera por detrás do Cavalete.
Ficaram, no entanto, as citações famosas, como aquela de Castro Alves, que nos ensinava que “a praça é do povo como o céu é do condor”.
domingo, 17 de agosto de 2014
SATUBA — 40 ANOS
segunda-feira, 12 de maio de 2014
MAIS UM LIVRO SOBRE DELMIRO GOUVEIA
sábado, 8 de fevereiro de 2014
PAIZINHO
Publicado na Revista da Semana, RJ, 1º de agosto de 1942.
Hormino Lyra era irmão de Manoel Alves Lira (que foi prefeito de Pão de Açúcar no período de 08/06/1947 a 22/01/1947) e do Monsenhor Lyra (Fernando Alves Lyra), que dá nome a uma escola no povoado Lagoa de Pedra, onde nasceu (segundo Aldemar de Mendonça).
sábado, 1 de fevereiro de 2014
TRIBUTO A O. D. S
Olavo Dias Santos ou O.D.S, este, poucos sabem era seu nome artístico, foi um dos pioneiros nas transmissões de rádio em Pão de Açúcar e isso também poucos sabem. Foi também, e é esse o ponto, um ilustre desconhecido e por isso mesmo mais um dos ilustres injustiçados pela cena cultural (se é que ainda existe) de nossa terra. Imaginem (e agora falo para os que dominam a cena midiática local), nos anos 1970, quando tivemos pelo menos três empresas ou pequenas e incipientes emissoras de rádio e em todas elas O.D.S. esteve presente, com sua habilidade incomum de operador de som, que à época se conhecia como "controlista".
Olavo, com sua capacidade ímpar de dominar um picape (não era a camionete), conseguia a um só tempo dominar no prato dois ou mais discos, com isso tocando a característica musical do programa, a música pedida e, quando estava falando o locutor, também o fundo musical. Isso, tenho certeza, era e ainda é para poucos, respeitadas as qualidades técnicas de cada um. Era aquele monstro do rádio, o que hoje se chama de DJ, seja lá o que isso for. Acompanhei o renascimento do rádio em Pão de Açúcar e nos anos 1990 e nunca se falou nada sobre Olavo, assim como não se falou de Giseldo Belarmino e Adilson Menezes, estes, cada um com seu gênero próprio, que foram sem sombra de dúvida as duas maiores vozes de toda a região, numa época em que para se estar no rádio era preciso saber falar e, muito mais que isso, ter voz. Aquele que não tem voz pode ser radialista mas locutor mesmo que é o que conta, jamais o será. Conto essa pequena história porque dela participei ativamente.
Poderia falar sobre o assunto durante horas ou em várias páginas, mas esse não é o momento. O momento, penso eu na minha insignificância, é de prestar uma homenagem ao maior de todos os DJs de nossa terra, uma pequena colaboração para que mais um dos nossos não passe em branco e não seja engolido pela cultura de massa, esquecido pelo que realmente importa. Fica aqui a sugestão para que aqueles que se interessam pela cultura em Pão de Açúcar procurem saber quem foi O.D.S., Giseldo Belarmino, Adilson Menezes, Rosevaldo Moura, Augusto César, Danúbio Lira, Murilo Amaral e tantos outros que fizeram o verdadeiro rádio. Sem qualquer recurso técnico, sem edição, pois, com diz o Faustão "quem sabe faz ao vivo". Quando digo quem foi é porque me refiro aos anos 1970, pois muitos deles ainda vivem. Olavo, meu amigo Olavo, o estúdio é seu, faça o que você sabe pois o show deve continuar. Olavo Dias foi juntar-se às também falecidas Organizações Globo de Publicidade, Antena de Publicidade de Pão de Açúcar e Serviço de Divulgação Avenida que, ao contrário do que se pensa, não descansarão em paz. A partir de hoje as transmissões de rádio no céu tocarão as melhores músicas, sem parar, agora sim, por toda eternidade.
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Transcrevo, com muito prazer, comentário do meu amigo Massilon Ferreira da Silva, neste Blog, falando de Olavo Dias dos Santos, um dos pioneiros do rádio em Pão de Açúcar. Ele, Massilon, também um dos personagens dessa época de ouro da nossa terra. A todos os citados a nossa homenagem e o nosso reconhecimento, acrescentando ainda o nome de Ely Emir Silva Fialho.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
NOTÍCIAS CURIOSAS III
A POESIA DE PÃO DE AÇÚCAR
PÃO DE AÇÚCAR
Marcus Vinícius*
Meu mundo bom
De mandacarus
E Xique-xiques;
Minha distante carícia
Onde o São Francisco
Provoca sempre
Uma mensagem de saudade.
Jaciobá,
De Manoel Rego, a exponência;
De Bráulio Cavalcante, o mártir;
De Nezinho (o Cego), a música.
Jaciobá,
Da poesia romântica
De Vinícius Ligianus;
Da parnasiana de Bem Gum.
Jaciobá,
Das regências dos maestros
Abílio e Nozinho.
Pão de Açúcar,
Vejo o exagero do violão
De Adail Simas;
Vejo acordes tão belos
De Paulo Alves e Zequinha.
O cavaquinho harmonioso
De João de Santa,
Que beleza!
O pandeiro inquieto
De Zé Negão
Naquele rítmo de extasiar;
Saudade infinita
De Agobar Feitosa
(não é bom lembrar...)
Pão de Açúcar
Dos emigrantes
Roberto Alvim,
Eraldo Lacet,
Zé Amaral...
Verdadeiros jaciobenses.
E mais:
As peixadas de Evenus Luz,
Aquele que tem a “estrela”
Sem conhecê-la.
Pão de Açúcar
Dos que saíram:
Zaluar Santana,
Américo Castro,
Darras Nóia,
Manoel Passinha.
Pão de Açúcar
Dos que ficaram:
Luizinho Machado
(a educação personificada)
E João Lisboa
(do Cristo Redentor)
A grandiosa jóia.
Pão de Açúcar,
Meu mundo distante
De Cáctus
E águas santas.
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Marcus Vinícius Maciel Mendonça(Ícaro)
(*) Pão de Açúcar(AL), 14.02.1937
(+) Maceió (AL), 07.05.1976
Publicado no livro: Pão de Açúcar, cem anos de poesia.
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PÃO DE AÇÚCAR
Dorme, cidade branca, silenciosa e triste.
Dum balcão de janela eu velo o seu dormir.
Nas tuas ermas ruas somente o pó existe,
O pó que o vendaval deixou no chão cair.
Dorme, cidade branca, do céu a lua assiste
O teu profundo sono num divino sorrir.
Só de silêncio e sonhos o teu viver consiste,
Sob um manto de estrelas trêmulas a luzir.
Assim, amortecida, tú guardas teus mistérios.
Teus jardins se parecem com vastos cemitérios
Por onde as brisas passam em brando sussurrar.
Aqui e ali tu tens um alto campanário,
Que dá maior relevo ao pálido cenário
Do teu calmo dormir em noite de luar.
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Ben Gum, pseudônimo de José Mendes
Guimarães - Zequinha Guimarães.