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| Capitão Agerson Dantas Foto: Diário da Manhã_18.10.1931 |
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| General Miguel Costa_arquivo CPDOC_FGV. |
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| Mineiros na Revolução de 1930_Revista da Semana. |
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| Capitão Agerson Dantas Foto: Diário da Manhã_18.10.1931 |
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| General Miguel Costa_arquivo CPDOC_FGV. |
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| Mineiros na Revolução de 1930_Revista da Semana. |
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| Zadir Índio. Foto: Revista da Semana, Ano XIX_Nº 39, 02.11.1918, p.22. |
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| Sócios do Centro dos Revisores. O Malho, Ano IX, nº 433, p. 47. Humberto Correia-Pres, Themistocles de Almeida, Albuquerque Gondim, Alfredo Villarinho. |
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| Paulo Barreto_JOÃO DO RIO. Foto: Vida Doméstica_junho_1921 |
[i] Renato Gomes de Matos Peixoto de Alencar, usava simplesmente Renato de Alencar e contribuiu para
enriquecer a literatura brasileira. Nasceu em Caucaia, 4 de abril de 1895,
filho de Francisco Tomás de Souza Peixoto e Maria Gomes de Matos Peixoto.
Perdeu o pai aos nove anos, quando ainda não havia terminado o curso primário.
Três anos depois ficou órfão de mãe. Passou a viver na companhia de sua tia Ana
Gomes de Matos Magalhães, que o criou em Pernambuco, ensinando-lhe as primeiras
letras e que, em vida dos pais era considerada a segunda mãe. Autodidata, por
não ter condições de cursar colégios na época, mudou-se para Piranhas(AL) e
colaborou na imprensa local. Dedicou-se também ao magistério e dirigiu colégios
em Pernambuco, Alagoas e Paraíba. Colaborou com numerosos jornais. Concluiu o
curso de Direito em 1933.No Rio de Janeiro dedicou-se à imprensa e à
literatura. Nunca advogou. Tinha uma visão crítica e isso evidencia-se em sua
narrativa. Abaixo, a relação de seus livros: Perfil de Josélia (poema em prosa
e verso,1914); Mentiras Poéticas (contos,1917); Traições da Língua Portuguesa,1921;
Núpcias de Fogo e Sangue,1933; Em Busca de Deus,195; A Conversão; Quer Ser
Escritor? (Curso de Estilística); Minha Jangada de Bambu,1963; A Igreja do
Padre Ateu,1965; No Eito,1966; Enciclopédia Histórica do Mundo Maçônico-3
volumes, 1979. Jornalista, professor. Casou com Noêmia de Albuquerque Novaes.
Morou em Alagoas, Paraíba e Pernambuco. Foi proprietário, em 1920, de um
colégio em Pesqueira PE. Em 1927 representou o Estado de Alagoas na 1
Conferência Nacional de Educação, reunida em Curitiba (PR). Fixou-se no Rio de
Janeiro em 1928, dedicando-se a atividades comerciais. Poeta, romancista,
filólogo, ensaísta, publicou: Perfil de Josília (1927, Maceió); Mentiras
Poéticas (idem); Traições da Língua Portuguesa. (comentários filológicos); Dom
Marcelino e Dom Safadão (romances, Recife - PE); Antagonias da Didática da
Unilateralidade do Ensino (tese apresentada. na I Conferência Nacional de
Educação); Núpcias de Fogo e Sangue (romance sobre a revolução de 1930);
Canário e seus Contemporâneos, Minha Jangada de Bambu; Quer ser Escritor? (Rio
de Janeiro): A Igreja do Padre Ateu (romance, 1965); Acertos e Extravagâncias
da Nomenclatura Gramatical Brasileira; Qual a Correta Grafia dos Meses - Com
Inicial Maiúscula ou Minúscula? (separatas da “Revista de Portugal”, de
Lisboa). Redator da “Revista da Semana” (Rio de Janeiro). Algumas das entidades
culturais a que pertenceu: Associação Brasileira de Jornalista e Escritores de
Turismo (ABRAJET), Sociedade Brasileira de Escritores, e Sociedade de Língua
Portuguesa, esta sediada em Lisboa (Portugal). ![]() |
O Dr. Manoel Leite de Novaes Mello.Acervo
da Drª Maria do Carmo de Novaes Schwab.
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Pão de Açúcar-AL em 1888, vendo-se o sobrado de residência
da família Novaes Mello. Foto: Adolpho Lindemann.
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| Cachoeiro do Itapemirim em 1877. Foto: Albert Richard Dietz |
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| Vila de Benevente, atual Anchieta-ES, 1877. Foto: A. R. Dietz |
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| O Dr. Manoel Leite de Novaes Mello com a família. Acervo: Drª Maria do Carmo de Novaes Schwab. |
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| Anúncio da Famácia Novaes. |
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| Vitória-ES, em 1877. Foto: Albert Richard Dietz. |
PÃO DE AÇÚCAR
Marcus Vinícius*
Meu mundo bom
De mandacarus
E Xique-xiques;
Minha distante carícia
Onde o São Francisco
Provoca sempre
Uma mensagem de saudade.
Jaciobá,
De Manoel Rego, a exponência;
De Bráulio Cavalcante, o mártir;
De Nezinho (o Cego), a música.
Jaciobá,
Da poesia romântica
De Vinícius Ligianus;
Da parnasiana de Bem Gum.
Jaciobá,
Das regências dos maestros
Abílio e Nozinho.
Pão de Açúcar,
Vejo o exagero do violão
De Adail Simas;
Vejo acordes tão belos
De Paulo Alves e Zequinha.
O cavaquinho harmonioso
De João de Santa,
Que beleza!
O pandeiro inquieto
De Zé Negão
Naquele rítmo de extasiar;
Saudade infinita
De Agobar Feitosa
(não é bom lembrar...)
Pão de Açúcar
Dos emigrantes
Roberto Alvim,
Eraldo Lacet,
Zé Amaral...
Verdadeiros jaciobenses.
E mais:
As peixadas de Evenus Luz,
Aquele que tem a “estrela”
Sem conhecê-la.
Pão de Açúcar
Dos que saíram:
Zaluar Santana,
Américo Castro,
Darras Nóia,
Manoel Passinha.
Pão de Açúcar
Dos que ficaram:
Luizinho Machado
(a educação personificada)
E João Lisboa
(do Cristo Redentor)
A grandiosa jóia.
Pão de Açúcar,
Meu mundo distante
De Cáctus
E águas santas.
______________
Marcus Vinícius Maciel Mendonça(Ícaro)
(*) Pão de Açúcar(AL), 14.02.1937
(+) Maceió (AL), 07.05.1976
Publicado no livro: Pão de Açúcar, cem anos de poesia.
*****
PÃO DE AÇÚCAR
Dorme, cidade branca, silenciosa e triste.
Dum balcão de janela eu velo o seu dormir.
Nas tuas ermas ruas somente o pó existe,
O pó que o vendaval deixou no chão cair.
Dorme, cidade branca, do céu a lua assiste
O teu profundo sono num divino sorrir.
Só de silêncio e sonhos o teu viver consiste,
Sob um manto de estrelas trêmulas a luzir.
Assim, amortecida, tú guardas teus mistérios.
Teus jardins se parecem com vastos cemitérios
Por onde as brisas passam em brando sussurrar.
Aqui e ali tu tens um alto campanário,
Que dá maior relevo ao pálido cenário
Do teu calmo dormir em noite de luar.
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Ben Gum, pseudônimo de José Mendes
Guimarães - Zequinha Guimarães.