sábado, 25 de julho de 2015

TURMA DE QUÍMICA HOMENAGEIA FREITAS MACHADO

Os formandos de Química (Licenciatura) 2011.2 da Faculdade Integrada São Vicente, de Pão de Açúcar, que concluíram o Curso no início do corrente mês, homenagearam um dos mais ilustres pão-de-açucarenses, denominando-a TURMA JOSÉ DE FREITAS MACHADO. A justa homenagem foi de iniciativa dos concluintes: Antônio Guimarães Neto Ana Nunes Silva, Ana Célia Alves da Silva, Alayne de Oliveira Correia, , Cristiano Paulo da Silva, Cremilda Mariane de Brito Biriba, Deise Cristine Alves, Emanuely Brito dos Santos, Eliana Ribeiro Castanho, Eleazer Barbosa de Farias, Grinauria Carolina Rodrigues Almeida, Jascia Kaline dos Santos, José Albeckcy Santos Oliveira, João José de Oliveira Couto, João Paulo Correia Silva, Marcos Henrick Lima Silva, Mary Hewety Oliveira Santos e Nakielda Barros Santos.
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No seio de uma das famílias mais tradicionais da região sanfranciscana, nasceu José de Freitas Machado, a 27 de setembro de 1881, terceiro filho do casal Miguel de Freitas Machado e Cândida Delfina Andrade Machado.
Conheceu as primeiras letras em sua terra natal. Por volta de 1888, em que se presume ter se iniciado, lecionavam nas cadeiras de Pão de Açúcar as professoras Angélica Rosa da Silva Pita e Anna Leitão de Jesus, das quais provavelmente foi aluno.
Para continuar os estudos, foi para o Recife, onde ingressou no Colégio Salesiano, chegando a iniciar o curso de Engenharia, logo interrompido.
Nessa curta passagem pela capital pernambucana, integrou, como Tesoureiro, a diretoria da Sociedade Literária Casemiro de Abreu, eleita em 6 de agosto de 1899 para o ano literário 1899/1900.
Em dezembro de 1900 fez os Exames de Preparatórios no Recife, no Ginásio Pernambucano, sendo APROVADO PLENAMENTE em Inglês e APROVADO SIMPLESMENTE em Geografia. Tais exames eram prestados pelos alunos que pleiteavam acesso aos cursos superiores e tinham como finalidade preparar os jovens para o ingresso nas academias, tudo com base no Decreto Nº 2.173, de 21 de novembro de 1895, ―numa época em que não havia curso secundário com modelo definido em número de séries, plano de estudos, sistemas de aulas e exames para todos os estabelecimentos provinciais e particularesNo dia 1ª de maio de 1901, a bordo do vapor nacional Fortaleza, segue para a Bahia.
No ano seguinte, aos vinte anos, iniciava o Curso de Farmácia, anexo da Faculdade de Medicina da Bahia, que então tinha três anos de duração. No ano seguinte, aos vinte anos, iniciava o Curso de Farmácia, anexo da Faculdade de Medicina da Bahia, que então tinha três anos de duração.
De volta a Pão de Açúcar, principia sua atividade profissional da melhor maneira possível, estabelecendo-se no seu ramo de competência, a exemplo do irmão, que começa a clinicar em sua residência como especialista em febres e moléstias das vias urinárias. Surge, assim, a ―Farmácia Machado.
Decide mudar-se para a Capital Federal. Iniciou sua carreira como químico no antigo Laboratório Municipal de Análise do Rio de Janeiro. Foi professor de Química Inorgânica e Analítica da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária. Publicou, em 1917, o artigo “Façamos Químicos”, em que exorta os poderes públicos a criarem uma escola superior para o ensino da Química no País. Em 1922, participou de um curso de especialização na Universidade de Sorbone, em Paris, em que teve a oportunidade de receber preciosos ensinamentos de Madame Curie. Nessa mesma viagem à Europa, recebe a incumbência de estudar a organização das Escolas de Química Industrial na França e na Itália.
Em 1933, foi um dos fundadores da Escola Nacional de Química, sendo o seu primeiro Diretor.

Faleceu no Rio de Janeiro a 30 de abril de 1955.



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A POESIA DE PÃO DE AÇÚCAR



PÃO DE AÇÚCAR


Marcus Vinícius*


Meu mundo bom

De mandacarus

E Xique-xiques;

Minha distante carícia

Onde o São Francisco

Provoca sempre

Uma mensagem de saudade.


Jaciobá,

De Manoel Rego, a exponência;

De Bráulio Cavalcante, o mártir;

De Nezinho (o Cego), a música.


Jaciobá,

Da poesia romântica

De Vinícius Ligianus;

Da parnasiana de Bem Gum.


Jaciobá,

Das regências dos maestros

Abílio e Nozinho.


Pão de Açúcar,

Vejo o exagero do violão

De Adail Simas;

Vejo acordes tão belos

De Paulo Alves e Zequinha.

O cavaquinho harmonioso

De João de Santa,

Que beleza!

O pandeiro inquieto

De Zé Negão

Naquele rítmo de extasiar;

Saudade infinita

De Agobar Feitosa

(não é bom lembrar...)


Pão de Açúcar

Dos emigrantes

Roberto Alvim,

Eraldo Lacet,

Zé Amaral...

Verdadeiros jaciobenses.

E mais:

As peixadas de Evenus Luz,

Aquele que tem a “estrela”

Sem conhecê-la.


Pão de Açúcar

Dos que saíram:

Zaluar Santana,

Américo Castro,

Darras Nóia,

Manoel Passinha.


Pão de Açúcar

Dos que ficaram:

Luizinho Machado

(a educação personificada)

E João Lisboa

(do Cristo Redentor)

A grandiosa jóia.


Pão de Açúcar,

Meu mundo distante

De Cáctus

E águas santas.

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Marcus Vinícius Maciel Mendonça(Ícaro)

(*) Pão de Açúcar(AL), 14.02.1937

(+) Maceió (AL), 07.05.1976

Publicado no livro: Pão de Açúcar, cem anos de poesia.


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PÃO DE AÇÚCAR


Dorme, cidade branca, silenciosa e triste.

Dum balcão de janela eu velo o seu dormir.

Nas tuas ermas ruas somente o pó existe,

O pó que o vendaval deixou no chão cair.


Dorme, cidade branca, do céu a lua assiste

O teu profundo sono num divino sorrir.

Só de silêncio e sonhos o teu viver consiste,

Sob um manto de estrelas trêmulas a luzir.


Assim, amortecida, tú guardas teus mistérios.

Teus jardins se parecem com vastos cemitérios

Por onde as brisas passam em brando sussurrar.


Aqui e ali tu tens um alto campanário,

Que dá maior relevo ao pálido cenário

Do teu calmo dormir em noite de luar.

____

Ben Gum, pseudônimo de José Mendes

Guimarães - Zequinha Guimarães.






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Pão de Açúcar, Cem Anos de Poesia