Por Etevaldo
Amorim
O Comando da Força
Patrulha do Nordeste, pela Ordem de Movimento nº 1/1960, planejou a Comissão ao
rio São Francisco, de acordo com o Programa Geral de Adestramento, e seguindo
determinações do Terceiro Distrito Naval. A missão dessa Comissão era “Fazer o reconhecimento da costa e do Rio São
Francisco até Piranhas, a fim de obter informações sobre a barra, condições de
navegabilidade e informações regais sobre a região do Baixo São Francisco”.
Formou-se, então, um
Grupo Patrulha composto pela Corveta Caboclo e pelos navios-patrulha Piraju
(R-53) e O Pirambu (R-54), sob o comando do Capitão-de-Fragata Júlio César de Sá Carvalho[i].
Partiram de Natal-RN para o Recife-PE no dia 15 de janeiro, às 16:40 h.
O Pirambu (R-54), por necessitar de reparos, só partiu no dia 17.
No dia 19, a Caboclo e
o Piraju levantaram âncoras para Maceió pelas 19:00 h, chegando ao seu destino
no dia 20, às 18:15 h, onde aguardou o Pirambu, que ao Grupo só se reuniu no
dia 22.
Em Maceió, no dia 23,
às 16:00 horas, foi inaugurada uma Exposição sobre assuntos da Marinha, no
Teatro Deodoro, organizado pela Capitania dos Portos local. Ao evento
compareceram o Governador do Estado, Muniz Falcão, e muitas outras autoridades.
No intuito de analisar
as condições da barra do São Francisco e enchente do rio, foi chamado a Maceió
o prático da Barra, Sr. Nilo José Bezerra, que declarou que “no fundo da barra, nas condições de preamar,
atingia de 10 a 11 pés, mas que no percurso até Penedo as condições de
navegabilidade eram melhores devido à enchente do rio”. Nessas condições,
decidiu-se que a corveta Caboclo permaneceria na Capital alagoana. Ressalte-se
aí a inestimável colaboração do Capitão dos Portos de Alagoas, Cap. de Corveta
Jorge Manoel da Purificação[ii].
No dia 24, o Sub-Grupo,
composto pelo Piraju (capitânia) e Pirambu, partiu para a barra levando a bordo
os Sr. Ordener Cerqueira[iii],
professor da Faculdade de Odontologia; Arnoldo Jambo[iv],
diretor do Jornal de Alagoas; Sósthenes Jambo[v],
repórter do mesmo jornal; e Taoguro Vianna, repórter fotográfico.
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O Navio Patrulha Piraju (R53) no porto de Piranhas, 1960. Logo atrás, a lancha do 2º Ten. Absalão. Foto: Revista Ma- rítma Brasileira, 1962 |
Em Penedo, a chegada
dos navios coincidiu com a realização da Festa de Bom Jesus dos Navegantes,
tendo o Piraju acompanhado a procissão como guarda de honra da barca que
conduzia a imagem.
À noite, o Comandante e
os Oficiais da Força-Tarefa compareceram a um jantar oferecido pelo prefeito
Dr. Hélio Nogueira Lopes[vi],
no Tênis Club da cidade. Compareceram o Secretário de Segurança (representando
o Governador do Estado), o Engenheiro Presidente da Comissão do Vale do São
Francisco, o Capitão dos Portos e outras autoridades locais. Uma sessão
especial no Cine São Francisco e um baile encerraram as atividades daquele dia.
No dia 25, um programa
de visitação da cidade, começando pela Residência da Comissão do Vale do São
Francisco, dirigida pelo Dr. Olavo de Freitas Machado, que ofereceu importantes
informações acerca da Região e designando o prático da Comissão, Sr. Antônio
Lira de Morais para acompanhar a viagem até Piranhas. A oficialidade da
Patrulha participou de almoço na residência do Comendador José da Silva
Peixoto.
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O navio Piraju fundeado no porto de Pão de Açúcar-AL, 1960.
À direita, o morro do Cavalete e uma canoa. Foto: Diário de
Notícias, RJ, 10 de fevereiro de 1962. |
Enfim, no dia 26 de
janeiro de 1960, partiu a frota diretamente para Piranhas, tencionando visitar
as cidades na volta. Seguiram com eles dois repórteres e dois fotógrafos da
imprensa de Maceió e de Penedo, além do Dr. Olavo de Freitas Machado[vii],
que desembarcaria em Traipu. Acompanhou um dos navios a lancha do Agente da
Capitania de Neópolis-SE, Segundo-Tenente Absalão da Costa.
Em Propriá-SE, permaneceram por cerca
de uma hora para receber o Prefeito João de Aguiar Caldas e outras autoridades.
Por volta das 18:30 h, chegaram a Pão de Açúcar e foram recebidos por diversas
pessoas, inclusive o prefeito Elpídio Emídio dos Santos[viii],
no Clube da cidade.[ix] Durante um coquetel, o Comandante travou produtiva conversa com o Sr. Clodoaldo Martins, da Comissão do Vale do São Francisco. Na ocasião, discursou o Padre Luiz Ferreira Neto, que lembrou a histórica viagem do Imperador D. Pedro II, havia pouco mais de cem anos. (Sósthenes Jambo, no diário de Pernambuco, 12/02/1960)
No dia seguinte, em virtude de avaria do Pirambu, seguiu o Piraju com
destino a Piranhas. Ali foram efusivamente recebidos e o Diretor da Estrada de
Ferro Paulo Afonso disponibilizou um trem especial para um grupo de Oficiais,
Sargentos e Praças visitarem as instalações da CHESF.
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Vista da cidade de Propriá-SE, em 1960, feita a partir do Piraju
No porto, a lancha Tupan, da empresa de Sebastião e Luiz
Barreto. Foto: Revista Marítima Brasileira, 1962. |
No dia 28, partiu de novo o Piraju com destino a Pão de Açúcar, chegando
por volta das 16:00 horas. Ali visitaram as instalações do hospital do SESP. No
dia seguinte, os Comandantes e Oficiais foram recebidos pelo Prefeito para um
almoço. Às 16:00 h partiram para Propriá-SE, onde chegaram às 16:60 h. A cidade
estava em festa e o Prefeito, acompanhado de autoridades, foram a bordo para
dar as boas-vindas. À noite, um jantar e um baile. No dia seguinte, banquete na
Prefeitura.
Pouco depois, visitaram Porto Real do Colégio, onde receberam novo
almoço. O Engenheiro Agrônomo da Residência da C. V. S. F, Dr. Otávio Tavares
Vieira[x],
ofereceu informações e publicações de grande valia ao Comandante da Força. A
presença da frota em Propriá também coincidiu com a Festa de Bom Jesus dos
Navegantes, tendo delas também participado.
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Penedo e seu movimentado porto, visto do navio Piraju, em 1960.
Foto: Revista Marítima Brasileira, 1962.
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A barra do rio São Francisco. Foto: Revista Marítima Brasileira, 1962. |
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Em 1965, outra missão da Marinha percorreu o Rio São Francisco. Um
acontecimento trágico marcou a sua passagem por Pão de Açúcar. Às
23:00 do dia 16 de março, uma segunda-feira, quando retornava para bordo com
outros marinheiros, o Segundo-Sergento Pedro de Moraes afogou-se nas águas do
ria “por motivo de emborcamento da canoa”, como informa o Serviço de
Documentação da Marinha.
O Boletim Nº 16, do Ministério
da Marinha, de 16 de abril de 1965, noticia o seu falecimento, cuja comunicação
foi feita pelo Rádio (prefixo 171 045Z) do próprio navio-patrulha Piraju, no
dia seguinte ao fato. Iniciadas as buscas no
dia 17, sob a coordenação do Cabo Manoel Araújo, o seu corpo somente foi
encontrado no dia 18, quarta-feira. Naquele mesmo dia, regressou o Piraju à sua
sede em Natal-RN.
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Em 1967, nova Missão da
Marinha brasileira se faria realizar no rio São Francisco. Aproveitando as
cheias, único período em que se permitia a navegação de navios de maior calado
que as habituais lanchas, aqui retornou o Navio-Patrulha Piraju.
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O Piraju, agora sob o prefixo J28 navegando entre Penedo-AL
e Neópolis-SE. |
Partindo do Recife, onde recebeu cerca de cinco toneladas de gêneros,
medicamentos e material escolar, no dia 3 de fevereiro seguiu para Maceió e
dali para Penedo, onde iniciou efetivamente a Missão, visitando 12 localidades
do Baixo São Francisco, sob o comando do Capitão-Tenente Adhemar Garcia de
Paiva Filho[xi].
Assim, precisamente no
dia 7 de fevereiro, uma terça-feira de carnaval, a equipe do Piraju atendia a
população de Curralinhos[xii],
no município de Poço Redondo, no Estado de Sergipe, de onde partiu, sob forte
vento, em marcha reduzida.
A equipe médica desta
Missão atendeu 1.404 pessoas, realizou 420 extrações dentárias nas localidades
de Piranhas-AL, Curralinhos-SE, Ilha do Ferro-AL, Bonsucerro-SE, Pão de
Açúcar-AL, Mocambo-SE, Caiçara-SE, Santiago-AL, Jacarezinho-AL, Limoeiro-AL,
Barra do Ipanema-AL, Ilha do Ouro-SE, Belo Monte-AL, Propriá-SE e Penedo-AL.
O navio cruzou a barra,
adentrando ao mar no dia 11 de fevereiro, às 17:00 horas.
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O navio Piraju em Curralinho (Poço Redondo-SE), em 1967.
Foto: Revista da Marinha |
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O Piraju atracado no porto de Curralinho (Poço Redondo-SE).
Foto: Revista da Marinha |
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Povoado Curralinho (Poço Redondo-SE). Moradores em fila
para receber donativos. Foto: Revista da Marinha. |
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A segunda viagem daquele
ano teve início no porto de Natal, de onde partiu de novo o Piraju no dia 6 de
março, com destino ao Recife, onde recebeu material para assistência às
populações não atendidas na vez anterior.
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Curralinho (Poo Redondo-SE), em 1967. Foto gentilmente
cedida pelo Com. Alberto do Valle Rosauro de Almeida. |
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Curralinho em 2006. Foto: Marcelo Lyra. |
As duas equipes de
dentistas e uma de médico atenderam 1.278 pessoas, apesar dos boatos de que o
intuito da missão era “esterilizar” homens e mulheres. Telegrama transcrito do
informativo “Notícias da Marinha”, de 24 de março daquele ano, diz o seguinte:
“COMISSÃO PREJUDICADA
TOATOS ESPALHADOS PRINCIPAMMENTE MARGEM SERGIPE RESPEITO EMPREGO VACINAÇÃO
ORDENADA MINISTRO ROBERTO CAMPOS FINS TORNAR HOMENS ET MULHERES ESTÉREIS PT
LOCALIDADE LAGOA PRIMEIRA VG GRANDE NÚMERO DE HABITANTES FUGIU DA CIDADE AO
AVISTAR O NAVIO PT
Episódios como este,
verificado na pequena localidade de Lagoa Primeira, no município de Gararu-SE,
eram comuns na época. Não se tratava de qualquer represália à ação da Marinha,
ou qualquer manifestação política ou ideológica, já que vivámos em pleno Regime
Militar, mas resultado da ignorância de boa parte da população.
As campanhas de
vacinação contra a varíola enfrentavam frequentemente essa resistência. Em
tempos de pouca informação, os boateiros disseminavam a ideia de que a vacina
era para “capar” os homens, o que levou muitos deles a se embrenhar mato a
dentro ao menor sinal de um carro ou de uma lancha estranha. Conta-se que um
deles chegou a se esconder dentro de um espesso calumbi, muito comum na beira
do rio, sendo necessário desbastar o mato a foice para retirá-lo.
Mas, no geral, a
comunidade ribeirinha reagia bem à presenta da Marinha. Em Limoeiro, por
exemplo, pouco depois do carnaval, numa tarde (provavelmente no dia 9 de fevereiro
de 1967), chegava o Piraju, baixando âncoras ao largo do rio. A canos de “seu”
Agnelo, conduzida por Zé de Atanázio, foi ao seu encontro. Logo desembarcaram
os homens do navio e se puseram a trabalhar.
O atendimento médico e
a distribuição de medicamentos, gêneros e material didático teve lugar no Grupo
Escolar, sob a orientação de “seu” Lindauro, liderança política do lugar. O
gabinete dentário foi instalado na casa de “dona” Nita (Neuza Amorim), cujos
procedimentos basicamente se reduziam a extrações. Algumas pessoas chegaram a
ficar banguelas e outras até passaram mal, com hemorragias e, pior, sem
qualquer assistência, pois os dentistas já tinham ido embora.
Os mantimentos eram
doados pela “Aliança para o Progresso”, do Governo americano e os remédios
praticamente se resumiam a umas pílulas grandes, de cor vermelha, basicamente
vermífugos. Enfim, era tudo uma grande novidade.
O Capitão-de-Mar e
Guerra Alberto do Valle Rosauro de Almeida[xiii],
que depois foi Chefe do Centro de Ensino de Ciências Sociais da Escola Naval,
no Rio de Janeiro, comandava o Piraju na sua última Missão ao São Francisco, em
janeiro de 1968. Ele relata:
“Em
Piranhas, após uma navegação muito perigosa, atravessando corredeiras sob a orientação
segura do “Seu” Quinca[xiv],
chegamos à tarde e lá pernoitamos. Na época, a única comunicação do outras
localidades era através do rio, pois não havia estradas. Também não havia
eletricidade e as poucas notícias ehegavam uma ves por semana pela lancha Tupan
ou através de rádios de pilha (quando havia pilhas), em AM. A população, na
maioria, receava a volta de Lampião. Achava que Getúlio Vargas era ainda o
Presidente da República. Lembro-me de um senhor que me pediu notícias do
Imperador.”
Registre-se, por fim,
que foram essas as oportunidades que, sob o Regime Republicano, navios de
guerra adentraram o São Francisco até Piranhas.[xv]
***
Adaptado do livro TERRA
DO SOL ESPELHO DA LUA, AMORIM, Etevaldo Alves. ECOS, Maceió, 2004.
NOTA:
Caro leitor,
Este Blog, que tem como
tema “HISTÓRIA E LITERATURA”, exibe postagens com informações históricas
resultantes de pesquisas, em geral com farta documentação e dotadas da
competente referência bibliográfica. Por esta razão, solicitamos que, caso
algumas delas seja do seu interesse para utilização em qualquer trabalho, que
faça uso tirando o maior proveito possível, mas fazendo também o necessário
registro de autoria e a citação das referências. Isso é correto e justo. Segue
abaixo, como exemplo, a forma correta de referência:
Sugestão de registro de
referência:
[i] Júlio
César de Sá Carvalho nasceu em Três Lagoas, Estado do Mato Grosso do Sul, a 29
de maio de 1917. Filho de José Ribeiro de Sá Carvalho e Irinéa Fontoura de
Carvalho. Foi transferido para a Reserva por força do ATO INSTITUCIONAL Nº 1,
de 9 de abril de 1964.
[ii] Jorge
Manoel da Purificção. Assumira o posto em 15 de setembro de 1958. Em 1956, já
tinha comandado o Piraju.
[iii]
Ordener Cerqueira.
Dentista, professor
da Faculdade de Odontologia de Alagoas. Filho de Manoel Vieira de Cerqueira e
Antônia da Costa Cerqueira.
[iv] João
Arnoldo Paranhos Jambo nasceu em Maceió no dia 7 de janeiro de 1922. Era filho
do despachante Alfredo da Silva Jambo e de Elita Paranhos Jambo.
[v] Hermano
Sósthenes Paranhos Jambo. Irmão de Arnoldo Jambo. Foi diretor-executivo do
jornal Terra Livre, editado em São Paulo.
[vi]
Nasceu em Penedo - AL a 10/11/1922 e faleceu em Maceió - AL a 17/05/2020,
vítima da Covid-19. Deputado estadual¸ Secretário de Estado da Saúde, médico,
prefeito. Filho de Edmundo Lopes e Elisa Nogueira Lopes.
[vii]
Engenheiro Agrônomo, nascido em Pão de Açúcar-AL a 13 de dezembro de 1926. Filho
de Júlio de Freitas Machado e Tercília de Freitas Machado. Diplomado pela
Escola Agronômica da Universidade da Bahia. Pós-graduação: Engenharia Rural, no
Centro de Estudos e Treinamento de Engenharia Rural, São Paulo.
[viii]
Prefeito de Pão de Açúcar no período de 05/02/1956 a 31/01/1961. Nasceu em
Jacaré dos Homens (então município de Pão de Açúcar) no dia 23 de maio de 1909.
Filho de Horesmídia Maria da Conceição.
[ix]
Revista Marítima Brasileira, 1962.
[x]
Otávio Tavares Vieira, filho de Maria Rosa Tavares Vieira (Sinharinha Tavares)
e Octávio Soares Vieira. Nasceu em Pão de Açúcar no dia 11 de outubro de 1924.
Formado pela Escola Agronômica da Bahia, em 17 de dezembro de 1951.
[xi]
Filho de Adhemar Garcia de Paiva e Célia de Castro Caldas. Faleceu no Rio de
Janeiro, aos 57 anos, no dia 14 de dezembro de 1994. Casou-se em 1961 com a Miss
Guanabara e Miss Brasil 1960, Gina MacPherson.
[xii]
CALHEIROS, Celso. São Francisco na Agenda de Dilma, su2011.
[xiii]
Filho de Alberto Gonçalves Rosauro de Almeida e de Eunice Guimarães do Valle.
[xiv]
Joaquim Bezerra da Silva, conhecido por “seu Quinca”, nasceu em Curralinho
(Poço Redondo-SE), a 18 de agosto de 1910. Era filho de Teotônio Martins
Bezerra e Adelaide Lucas de Souza. Foi casado com Maria José Santos, natural de
Pão de Açúcar, que adotaram como filho José Bezerra (Zé de Quinca). Foi
Comandante-Prático da Lancha Tupan, fazendo a linha Penedo-Piranhas desde 7 de
julho de 1956 até 1979. Era muito popular e amplamente respeitado pelas suas
maneiras cordiais e também pela sua extrema habilidade na navegação.
[xv]
Correio da Manhã, RJ, 7 de fevereiro de 1960.
Sempre muito bom. Grande contribuição a história do baixo São Francisco e a cultura de Pão de Açúcar. Parabéns!
ResponderExcluirEspetacular a narrativa! Muito bom, eu no caso, como residente no baixo São Francisco conhecer dessa grande missão da Marinha em nossa região, além, obviamente, de prestigiar o trabalho do amigo Etevaldo Amorim!!!
ResponderExcluirEscrita enriquecida de detalhes que torna nossa tarefa- de imaginar os variados cenários e personagens- muito fácil e prazerosa.
ResponderExcluirGratidão por sua dedicação em mostrar, com brilhantismo, a história do nosso São Francisco.